A obra da realizadora e fotógrafa alemã Ulrike Ottinger estará em retrospetiva em outubro no Festival Internacional de Cinema DocLisboa, anunciou a organização.

O DocLisboa concluiu na segunda-feira a 18.ª edição, com a exibição do documentário "Paris Calligrammes", de Ulrike Ottinger, anunciando que a obra da cineasta está em foco na próxima edição, já em outubro.

A 18.ª edição começou em outubro passado e estendeu-se até esta semana, repartido em módulos, sem competição oficial e moldado às circunstâncias da evolução da pandemia da covid-19, ou seja, teve sessões 'online' durante o período de confinamento, e sessões em sala, com público, mas com lotação reduzida.

"Esta edição estava preparada e pensada para reagir aos tempos [...], mas sempre com entusiasmo pelas possibilidades que estávamos a experimentar, novas formas de estabelecer relações com o público", disse à agência Lusa o programador Miguel Ribeiro, da direção do DocLisboa.

O próximo DocLisboa retomará o calendário habitual, de 21 a 31 de outubro, e novamente com as secções competitivas, com a expectativa de que aconteça em sala.

Sobre a retrospetiva já anunciada para outubro, o DocLisboa recorda que Ulrike Ottinger, cineasta, fotógrafa e pintora, de 78 anos, desenvolveu uma obra cinematográfica que abrange "diferentes tópicos como o feminismo, ‘queer’ ou pós-colonialismo, e que expressam um olhar singular no movimento do Novo Cinema Alemão".

Em complemento, o festival fará ainda uma exposição de fotografias da autora, no Museu do Oriente, em Lisboa.

Ulrike Ottinger, que este ano foi homenageada no festival de cinema de Berlim com o "Berlinale Camera", fez mais de duas dezenas de filmes, que vão de uma curta-metragem de 12 minutos a uma longa de 12 horas, "abrangendo desde os poemas 'lesbo-punk' e as experiências modernistas do teatro estilizado até às minuciosas adaptações dos clássicos da literatura russa e de estudos etnográfico", afirma o curador da retrospetiva, Boris Nelepo, em comunicado.

Na segunda-feira, na sessão de encerramento do DocLisboa, foi ainda atribuído o prémio Fernando Lopes para "Melhor Primeiro Filme Português", a "42.ZE.66", de Eduardo Saraiva, uma curta documental que acompanha Alexandrina, uma condutora de transportes de mercadorias, em viagem pela Europa.

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