“Ice Merchants”, de João Gonzalez, foi a curta vencedora na categoria nacional do Festival Vistacurta em Viseu, que arrancou no dia 11 e terminou hoje, com a entrega dos prémios no Teatro Viriato.

Na categoria de curta local, também com um prémio de 1.500 euros, a melhor foi “Misericórdia”, de Gonçalo Loureiro, um realizador natural do concelho de Oliveira de Frades, na região de Lafões, e atualmente a residir em Viseu.

“Beco do imaginário”, de Romano Casselis, ganhou o prémio Primeira Vista que, ao contrário das outras duas categorias não tem prémios monetários, recebe uma escultura, e foi eleita por um júri jovem, entre os 06 e os 17 anos.

O presidente do Cine Clube de Viseu, que organiza o festival, disse à agência Lusa que, este ano, o Vistacurta recebeu um total de 300 curtas, “um número muito superior ao habitual”, das quais foram selecionadas 13.

“Tendo em conta que se trata de um festival aberto ao nível nacional, contámos com uma boa participação e também significa que, ao longo de 2021 e 2022, foram realizadas 300 curtas no país, o que é surpreendente”, admitiu.

Após cinco dias de festival, que contou hoje com a antestreia nacional do filme “Super Natural”, de Jorge Jácome, Rodrigo Francisco mostrou-se “contente” com o balanço dos dias que promoveram exibições, encontros com realizadores e exposições.

“Entusiasma-nos muito para o futuro a qualidade da competição, que foi muito boa, assim como a própria assistência que, este ano, contou com uma boa apresentação do público nas sessões, o que é ótimo”, assumiu.

No que respeita à produção nacional, a competição em Viseu incluiu “nove dos mais interessantes filmes até 20 minutos que foram feitos em Portugal nos últimos dois anos”, entre os quais três animações.

Ou seja, juntamente com os vencedores de melhor curta nacional e o prémio Primeira Vista, estiveram “Luz de Presença”, “Sycorax”, “O que resta”, “La Ermita”, “Polvo” “Nós” e “2020: Odisseia no 3º Esquerdo”.

A par da curta “Misericórdia”, de Gonçalo Loureiro, estiveram também a concurso “Lugares de Ausência”, de Melanie Pereira, “Encontros Perdidos no Tempo”, de José Manuel Fernandes, e “Lições de Memória”, de Francisca Magalhães, realizadores também de Tondela, Viseu e Lamego.

O júri era constituído por Ana Couto, António Ribeiro de Carvalho e João Valentim, enquanto que do júri jovem fizeram parte Eva Figueiredo, Inês Figueiredo, João Pedro Almeida, Leandro Cherman, Matilde Melo e Simone Bordalo.