Os Critics Choice Awards (CCA) adiaram a cerimónia presencial marcada para 9 de janeiro.

Apesar da organização ainda na segunda-feira ter garantido que ela se ia realizar como estava previsto, a alteração foi provocada pela disseminação da variante Ómicron da COVID-19 nos EUA, que já levou ao adiamento ou cancelamento de outros eventos.

Beneficiando da transmissão televisiva, os CCA seriam o primeiro grande evento de prémios de cinema a nível nacional na temporada que culminará nos Óscares: a cerimónia estava marcada para 9 de janeiro, a mesma data dos Globos de Ouro.

Normalmente num plano secundário, os CCA ganharam protagonismo esta temporada com o boicote aos Globos por parte dos grandes estúdios, agências e estrelas de Hollywood, e da NBC, a estação que transmite habitualmente a cerimónia, que suspenderam os laços com a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood [HFPA na sigla inglesa], após uma reportagem do jornal Los Angeles Times em fevereiro ter revelado falta de diversidade entre os seus membros e problemas éticos.

"West Side Story" e "Belfast" lideram as nomeações dos filmes, com "Succession" a destacar-se nas categorias de TV.

Em comunicado, a organização não indicou uma nova data e disse que o adiamento era "a decisão prudente e responsável neste momento" e foi tomada após conversas com os canais que iam transmitir a cerimónia.

O início da temporada de prémios contou com várias estreias presenciais, galas e receções, mas diversos eventos foram cancelados ou adiados nos últimos dias.

A cerimónia de prémios da Palm Springs International Film Society a 6 de janeiro foi cancelada, assim como a tradicional receção dos BAFTA (os Óscares britânicos), prevista para dois dias mais tarde.

Também a cerimónia do American Film Institute de 7 de janeiro foi adiada. Já esta quarta-feira, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas fez o mesmo com os Governor Awards, a cerimónia dos Óscares de carreira, prevista para 15 de janeiro (a grande cerimónia continua a 27 de março).