Spike Lee assinou filmes tão relevantes como "Não Dês Bronca" (1989), "A Febre da Selva" (1991), "Malcolm X" (1992), "Verão Escaldante" (1999) ou "A Última Hora" (2002), antes de finalmente ganhar o Óscar pelo argumento de "BlacKkKlansman: O Infiltrado" (2018).

Mas o realizador, atualmente com 63 anos, diz que é muito provável que não volte a entrar numa sala de cinema enquanto não existir uma vacina para a COVID-19.

No âmbito de uma reportagem especial sobre o regresso ao trabalho em Hollywood da Vanity Fair, Charlize Theron e Jennifer Lopez não se mostram seguras sobre uma nova "normalidade" com muitas regras de segurança porque a indústria cinematográfica "é como um circo" e pode ser "muito perigoso", mas o depoimento de Spike Lee é o mais pessimista.

"Não vão fazer nada até à vacina. Sei que não vou a um cinema. Sei que não vou a um espetáculo da Broadway. Sei que não vou a um jogo de basebol no Yankee Stadium [Nova Iorque]", explicou.

O próximo filme, um drama sobre veteranos da Guerra do Vietname "Da 5 Bloods", ficará disponível já a 12 de junho na Netflix.

Este verão, também devia começar um novo projeto, uma adaptação da banda desenhada "Prince of Cats", mas isso já não vai acontecer por causa da pandemia.

Apesar dos prejuízos económicos, o realizador pediu cautela sobre o retomar as rodagens: "A Corona é uma cabra. A Corona não está a brincar. Se fazes asneira, vais acabar morto, vais morrer. Não estou pronto para ir".

Enquanto produtor e realizador, Spike Liz diz que tem pensado em formas de tornar as produções seguras, mas não vê "uma solução viável".

"Como é que alguma vez se vai fazer uma cena de amor ou uma cena íntimas? Vai-se fazer um filme à distância, como o [programa de variedades] 'Saturday Night Live'? Não sei como é que se faz isto. Portanto, agora estamos em pausa", esclareceu.

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