Eram 16, as nomeações para a fita sobre dois homens em diferentes lados de uma revolta prisional: de um, o líder do motim; do outro, o guarda prisional encurralado no meio da rebelião.

E apesar de ter ficado longe do objectivo pleno,
«Celda 211» foi o filme que mais triunfou na cerimónia dos
Goya 2010, tendo conseguido acumular oito prémios, entre os quais os de
Melhor Filme, Realizador e Melhor Actor para
Luis Tosar. Nas categorias de
Melhor Actriz Secundária (
Marta Etura) e
Actor Revelação (
Alberto Ammann), foram também membros do elenco da fita de
Daniel Monzón a conseguir a vitória.

Ainda no campeonato das interpretações,
Lola Dueñas venceu o prémio de
Melhor Actriz por
«Yo, también»,
Raúl Arévalo levou consigo o galardão para
Melhor Actor Secundário por
«Los Gordos» e
Soledad Villamil ganhou na categoria de
Actriz Revelação, com a sua interpretação em
«El secreto de sus ojos».

No segundo lugar do pódio, colado a «Celda 211», e embora inteiramente falado em inglês, ficou colocado
«Ágora», a película do chileno
Alejandro Amenábar, o mesmo cineasta que dirigiu filmes como
«Mar Adentro» e
«Os Outros». A história da filósofa Hepatia, com
Rachel Weisz no principal papel, conseguiu sair com sete prémios nas mãos, entre eles o de
Melhor Argumento Original, embora a grande maioria tenha sido atribuída a categorias mais técnicas.

Quanto a
Pedro Almodóvar, um nome sempre presente e quase sempre muito premiado nesta cerimónia, apenas conseguiu ter direito a uma estatueta para o seu filme
«Abraços Desfeitos», para a Melhor Banda Sonora. Apesar disso, foi ele quem anunciou o nome do melhor filme da noite.

Porque fora dos grandes estúdios americanos, a Espanha consegue marcar lugar no mapa da animação, os Goya não esqueceram
«Planeta 51», filme que saiu da cerimónia com a vitória na categoria de
Melhor Filme de Animação.

E para lá da produção espanhola,
«Quem Quer Ser Bilionário?», de
Danny Boyle, foi, sem grandes surpresas, o considerado o
Melhor Filme Europeu.

Os Goya são atribuídos pela
Academia de Artes e Ciências Cinematográficas espanhola e, todos os anos, dão ao nosso país vizinho a oportunidade de ter uma espécie de Óscares, ao jeito latino.