O filme conta a a história de origem de Buzz Lightyear, o herói que inspirou o brinquedo, e acompanha o lendário Ranger do Espaço depois de ele ter sido abandonado num planeta hostil a 4,2 milhões de anos-luz da Terra, juntamente com o seu comandante e a sua tripulação.

Como companheiro tem aquele que é fácil perceber que se vai tornar numa das estrelas do filme, o seu gato robô Sox. E, sim, o malvado Zurg também aparece.

"Buzz Lightyear" é a grande aposta da Pixar para este verão. Tem aos comandos Angus MacLane (co-realizador de “À Procura de Dory”) e nas vozes da versão original Chris Evans como Buzz Lightyear, Uzo Aduba como a sua comandante, e Pete Sohn (também da Pixar, a figura que inspirou o menino de "Up - Altamente") como Sox, o gato robot. O enigmático Zurg tem James Brolin a dar-lhe voz e Keke Palmer, Taika Waititi e Dale Soules também fazem parte do elenco.

O SAPO Mag esteve na apresentação mundial do filme e conversou com o realizador Angus Maclane e a produtora Galyn Susman.

Um dos desafios do filme era, logo ao começo, pegar numa personagem tão adorada, que as pessoas se habituaram a ouvir com a voz de Tim Allen, e aqui dar-lhe uma vida diferente e com outro ator.

"Logo à partida, porque a voz é tão icónica, corremos o risco de parecer uma imitação. E eu nunca quis alguém que imitasse aquela voz da personagem. O que eu queria era algo diferente. E eu sabia que a personagem era icónica o suficiente para que precisássemos de alguém com seriedade", explicou o realizador.

"O equilíbrio entre comédia e drama que queríamos tornava a escolha do ator muito limitada. Vimos o Chris Evans fazer muita comédia e muitas coisas sérias de ação e sempre me impressionou a sua capacidade de não parecer muito pateta, mas ser capaz de rir de si próprio. Isso era essencial para a personagem", acrescentou.

"Tudo era uma pressão. [Risos] Quase. As pessoas são muito apegadas ao Buzz e não queremos certamente desapontá-las. Só carregar o peso de não querer decepcionar os fãs é uma pressão muito grande", sublinhou a produtora Galyn Susman.

Buzz Lightyear

"A COVID-19 também apresentou suas próprias pressões, porque não sabíamos se seríamos capazes de produzir um filme, com todos sentados nas nossas casa", diz a produtora sobre o filme, que, como muitos outros, foi feito em plena pandemia.

A ideia do projeto nunca foi ser uma continuação da saga "Toy Story", mas sim contar uma história de uma personagem que neste mundo ficcional era real e deu origem ao boneco que conquistou tantas gerações.

"Nunca quis que houvesse a sensação de que ele tinha sido retirado do 'Toy Story'. Esse é só o contexto deste filme. Depois disso, só queria poder expandir a história e manter-me afastado desse universo, para que este filme pudesse existir por si próprio", salientou Angus Maclane.

"Porque eu nunca quis que o filme chegasse ao fim e passasse a mensagem 'lembrem-se do Toy Story'. Esse é apenas o ponto de partida para entrar num universo alternativo", concluiu.

Para o realizador e a produtora, "Buzz Lightyear" é um filme de Ficção Científica que vai buscar influências a esse género. "Acho que há uma ideia do que é um filme da Pixar e eu queria ver o que poderíamos fazer para o levar para o reino da Ficção Científica. Ao mesmo tempo, eu tenho um sentido de humor estranho e gosto de incluir esse tipo de humor", explica o cineasta aos comandos do filme.

"Nós os dois somos grandes fãs de Ficção Científica. Quando estamos sempre a ver filmes, isso não pode deixar de nos influenciar. Fomos certamente influenciados por toda a estética do design desses filmes e de certas cenas que evocam uma emoção que fica connosco", acrescenta a produtora.

A produção do filme teve a consultoria da NASA para garantir que o filme não errava nos detalhes científicos da exploração espacial. "O Tom Marshburn [perito da NASA], esteve disponível para nós durante todo o processo. Ele explicou à equipa toda a conversa que aconteceria se estivéssemos naquele foguetão enquanto esperávamos, de que forma estaríamos posicionados, o que está ligado e o que não está ligado, só para nos guiar para que tivéssemos uma noção de como as coisas realmente funcionam. Porque, obviamente, não seríamos capazes de fazer isto sozinhos e precisámos de falar com um especialista e entender", descreve Galyn Susman.

E o realizador Angus Maclane ficou com uma certeza depois das conversas com a NASA: Eu não seria um astronauta muito bom, sou muito alto. Tenho 1,90m e o Tom Marshburn disse-nos que a última oportunidade para alguém da minha altura foi quando se encerrou o programa Space Shuttle. As cápsulas atuais são muito pequenas".

"Buzz Lightyear" chega aos cinemas portugueses esta quinta-feira.

Veja o trailer do filme: