Uma nova longa-metragem de António-Pedro Vasconcelos, uma biografia sobre Salgueiro Maia, a última ‘longa’ de Terry Gilliam e um filme de Natal de Bruno Aleixo terão estreia este ano aos cinemas portugueses.

De acordo com alguns dos distribuidores e produtores contactados pela agência Lusa, este ano deverão chegar aos cinemas cerca de duas dezenas de produções nacionais, filmes internacionais rodados em Portugal e com coproduções com participação portuguesa.

Hoje estreia-se o documentário “A Távola de Rocha”, de Samuel Barbosa, sobre o realizador Paulo Rocha, e esta semana estará em cena, apenas por três dias, o filme que regista o espetáculo de humor “Depois do medo”, de Bruno Nogueira.

Para 10 de fevereiro está prevista a estreia, já depois de integrar a competição do festival de Roterdão, o filme “A Criança”, primeira obra de Marguerite de Hillerin e Félix Dutilloy-Liégeois, produzida por Paulo Branco, rodada em Portugal, com elenco maioritariamente português.

Ainda em fevereiro, a 17, é esperada a estreia comercial em Portugal de “O Homem que Matou d. Quixote”, de Terry Gilliam, parcialmente rodado em Portugal, com coprodução portuguesa e que gerou polémica por questões de disputa de direitos e de produção.

O Homem que Matou d. Quixote

Em março, estrear-se-á “KM 224”, filme de António-Pedro Vasconcelos sobre um processo de divórcio de uma família, protagonizado por José Fidalgo e Ana Varela.

Em abril está calendarizada a estreia de “Salgueiro Maia – O Implicado”, filme de Sérgio Graciano focado numa das figuras centrais da revolução de Abril de 1974.

Há ainda várias produções cuja estreia chegou a ser anunciada para 2021, mas por causa dos constrangimentos decorrentes da pandemia só este ano deverão ser exibidos, nomeadamente “Amadeo”, de Vicente Alves do Ó, sobre o pintor Amadeo de Souza Cardoso, “Last animal”, de Leonel Vieira, e “O Sentido da Vida”, o projeto de longa duração de Miguel Gonçalves Mendes, todos sem data oficial anunciada.

De 2021 transita também o filme “Nunca nada aconteceu”, de Gonçalo Galvão Teles, e “Não sou nada”, de Edgar Pêra.

Nunca Nada Aconteceu

Este ano está prevista também a estreia de primeiras obras, nomeadamente “Revolta”, do argumentista Tiago R. Santos, “Vadio”, de Simão Cayatte, “Índia”, de Telmo Churro, e “Arte de morrer longe”, de Júlio Alves.

Aos cinemas chegará também o drama “Submissão”, de Leonardo António, e a comédia “Curral de moinas”, de Miguel Cadilhe.

O realizador João Botelho apresentará “Um filme em forma de assim”, sobre o escritor Alexandre O’Neill, e João Maia, autor de “Variações”, estreará “A fada do lar”.

Entre os filmes que estiveram em produção em 2021 e que terão estreia este ano estão ainda “Evadidos”, de Bruno Gascon, e “A bela América”, de António Ferreira.

Das coproduções internacionais, destaque ainda para a estreia de “A viagem de Pedro”, um drama histórico luso-brasileiro de Laís Bodanzky sobre D. Pedro, ex-imperador do Brasil de regresso a Portugal, e “Gaza mon amour”, dos irmãos palestinianos Arab e Tarzan Nasser.

Para o final do ano está escalado o filme de Natal de Bruno Aleixo, personagem de humor criada por João Moreira e Pedro Santo, com produção da O Som e a Fúria.

De acordo com dados do Instituto do Cinema e Audiovisual, em 2021 foram produzidos – com o apoio financeiro deste organismo – 52 filmes, dos quais 32 foram longas-metragens de ficção e documentário e os restantes curtas-metragens.

Dos 233 filmes estreados comercialmente em 2021, 16 foram de produção portuguesa, somando cerca de 162 mil espectadores.

O filme português mais visto em sala em 2021 foi “Bem Bom”, de Patrícia Sequeira, sobre o grupo feminino português Doce, com 88.803 espectadores, seguindo-se “Irregular”, de Diogo Morgado, com 14.989 espectadores, e “A metamorfose dos pássaros”, de Catarina Vasconcelos, com 13.165 entradas.

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