A extensa actividade na rádio e na televisão, aos microfones da Emissora Nacional, da rádio Renascença e da RTP, deixaram a voz e a imagem de
Artur Agostinho marcadas na memória colectiva dos portugueses.

Porém, além da extensa carreira no jornalismo, Agostinho também namorou desde cedo a carreira de actor, com algumas participações teatrais e várias prestações no cinema e na televisão, geralmente em pequenos papéis.

«Cais do Sodré», em 1946, foi o primeiro filme em que participou, embora apenas como narrador, fazendo uso da voz que tão bem o servia na rádio, mas logo no ano seguinte teve a sua estreia como actor no cinema no super-êxito que então foi
«Capas Negras», no papel de Manecas, ao lado de Amália Rodrigues.

Nos anos seguintes, teve papéis secundários em vários filmes, sendo porventura o mais célebre o papel do motorista namorado de
Laura Alves de
«O Leão da Estrela», logo em 1947. O sucesso prosseguiu com o sucesso, logo em 1950, da comédia musical,
«Cantiga da Rua», a que se seguiu, em 1951, o papel de médico em
«Sonhar é Fácil», de Perdigão Queiroga, uma tentativa do cinema português em emular a corrente neo-realista que vinha de Itália.

Menos sucesso teve já, em 1956,
«Dois Dias no Paraíso», embora ainda tivesse nos papéis principais
Virgílio Teixeira,
Milú e
António Silva.

Deu bom uso à sua vertente de homem da rádio na comédia
«O Tarzan do 5ºEsquerdo», mas já passa relativamente despercebido em
«Encontro com a vida» (1960), tal como o próprio filme.

A partir daí deixa a actuação, chega mesmo a deixar o país na sequência do 25 de Abril, e regressará apenas ao trabalho de actor já nos anos 90, na televisão, de forma regular, em séries e telenovelas como
«Camilo & Filho»,
«Médico de Família»,
«Ana e os Sete»,
«Sonhos Traídos»,
«Quando os Lobos Uivam» e
«Perfeito Coração».

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