Atraente e carismático, Alec Baldwin construiu uma trajetória versátil em Hollywood, marcada por papéis que pareciam feitos à medida, como a sua paródia de Donald Trump ou o diretor de televisão Jack Donaghy da série "30 Rock".
Agora, o ator de 63 anos vive um drama pessoal ao tornar-se o epicentro de uma tragédia num set de filmagem, após o disparo de uma arma cenográfica que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins durante a produção do filme "Rust".
Halyna Hutchins, de 42 anos, foi ferida quando "uma arma cenográfica foi disparada por Alec Baldwin, produtor e ator", informou o gabinete do xerife do condado de Santa Fé em comunicado.
Hutchins "foi levada de helicóptero para o Hospital da Universidade do Novo México, onde foi declarada morta pelos médicos", afirmava a nota.
O realizador do filme, Joel Souza, ficou ferido e foi transportado de ambulância para um centro médico. A atriz Frances Fisher, que está no elenco, já partilhou nas redes sociais que recebeu alta.
Alec Baldwin, nascido em 1958 e o mais velho dos quatro irmãos Baldwin - todos atores -, teve alguns papéis na televisão antes de conquistar a fama com a comédia "Beetlejuice" em 1988 ("Os Fantasmas Divertem-se" em Portugal).
A sua versatilidade foi demonstrada com papéis em filmes diversos como "Caça ao Outubro Vermelho", "The Departed: Entre Inimigos", "Uma Mulher de Sucesso" e "Esta Loira Mata-me", no qual atuou ao lado de Kim Basinger, com quem foi casado durante uma década.
Mas foi a comédia que lhe rendeu muitos prémios: 19 nomeações aos Emmy e dois galardões (2008 e 2009) como Melhor Ator da série "30 Rock" .
Já a sua paródia de Donald Trump no Saturday Night Live (SNL) aumentou a audiência do mítico programa de variedades e rendeu-lhe o terceiro Emmy em 2017.
Alguns sketches da imitação de Baldwin do ex-presidente norte-americano têm mais de 20 milhões de visualizações no YouTube, tanto durante a campanha eleitoral como após Trump vencer a presidência.
A paródia irritou o líder republicano, que em dezembro de 2016, reclamou no Twitter que "não poderia ser pior" e "acredito que chegou o momento de nos livrarmos desde chato e nada divertido programa".
"Fazer de Trump na sua sátira frequente pode ter-se tornado o grande marco da sua carreira", escreveu a revista Atlantic em maio.
Nos últimos anos, Alec Baldwin teve muitos papéis secundários, mas com algumas interpretações elogiadas, como o marido de mulher com Alzheimer em "O Meu Nome é Alice" ou um vigarista financeiro em "Blue Jasmine".
Além de várias peças na Broadway, Baldwin também é conhecido pelo seu caráter irascível e as brigas com os paparazzi
Numa ocasião, ele proferiu insultos homofóbicos contra um fotógrafo que tentava tirar imagens da sua esposa Hilaria e da sua filha pequena quando estavam num carro à frente da casa. Também teve uma longa batalha legal por assédio com uma atriz de Quebec, Geneviève Sabourin, condenada a seis meses de prisão.
Baldwin e Kim Basinger separaram-se no ano 2000. Desde 2012 que ele é casado com Hilaria Baldwin, com quem tem seis filhos.
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