Aaron S. Dyer, um advogado que trabalhou por sete anos na Procuradoria-Geral da Califórnia, em Los Angeles, assumirá a defesa de Baldwin e também da equipa de produção do filme de baixo orçamento, segundo a publicação especializada Variety. Dyer não respondeu aos pedidos de comentários da AFP.

O filme estava a ser rodado no Novo México quando, durante um ensaio, a 21 de outubro, a cineasta Halyna Hutchins morreu por um ferimento de bala depois de Alec Baldwin ter disparado uma arma que lhe foi entregue como estando "fria", jargão cinematográfico que se refere a uma arma de fogo descarregada.

Dois membros da equipa processaram Baldwin e os outros produtores da longa-metragem.

Serge Svetnoy, o diretor de iluminação do filme, apresentou há duas semanas uma denúncia por "negligência" contra o ator, a produção e Hannah Gutierrez-Reed, a armeira de 24 anos responsável pelas pistolas usadas durante as filmagens.

Svetnoy alega que Baldwin, o assistente de realização Dave Halls - que entregou a arma ao ator -, e Gutierrez-Reed não seguiram as boas práticas da indústria cinematográfica no manuseio das armas e "permitiram que um revólver carregado com uma munição real fosse apontado a pessoas vivas".

Uma semana depois, Mamie Mitchell, a argumentista do filme, apresentou outra ação judicial contra os três. Mitchell disse que sofreu "stress emocional" e outros distúrbios devido aos danos "causados intencionalmente" pela produção.

"Os eventos que levaram ao disparo de uma arma carregada pelo senhor Baldwin não são mera negligência", advertiu a advogada da argumentista, Gloria Allred. "Baldwin optou por jogar à roleta russa quando acionou uma arma sem a ter verificado e sem que o armeiro o tivesse feito na sua presença", acrescentou.