De acordo com a produtora Terratreme, esta primeira longa documental de João Rosas – que já anteriormente tinha realizado curtas-metragens igualmente premiadas - aborda a transformação de uma cidade a partir do estaleiro de uma obra no Bairro Alto, em Lisboa, em que uma antiga tipografia dá lugar a apartamentos de luxo.

“É um filme construído por camadas, como uma cidade, um diário urbano lisboeta em que através do quotidiano de um estaleiro de obra me proponho contar a história da minha cidade nos últimos dez anos”, afirmou o realizador, citado pela produtora em comunicado.

João Rosas explica que a sua relação afetiva com a cidade “não é destrinçável das condições objetivas que a foram enformando” e que conduziram a este filme, pelo que algumas questões atuais são “inevitavelmente problematizadas”, como as migrações, o pós-colonialismo, o racismo, o trabalho e as relações laborais, a crise económica, a vida urbana e a gentrificação.

"A Morte de Uma Cidade" estreou-se em 2022 no festival DocLisboa e tem sido exibido por dezenas de festivais de todo o mundo.

Em 2023, recebeu o Prémio de Melhor Documentário Doc Alliance, um galardão atribuído por vários festivais europeus, e foi distinguido pela Sociedade Portuguesa de Autores com o Prémio de Melhor Filme.

Antes de se lançar neste filme, João Rosas já tinha realizado as curtas-metragens “Catavento”, “Maria do Mar” e “Entrecampos”.