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“Pelo conceito cinematográfico, pela preocupação com temáticas atuais, pela autenticidade dos diálogos e interpretações, o júri premeia de forma unânime ‘A Date in Minsk’, de Nikita Lavretski”, informou a organização deste festival internacional de cinema.
Na competição nacional, o prémio para Melhor Filme (ex aequo) foi para “Vexations”, de Leonardo Mouramateus, e para “A Visita e um Jardim Secreto”, de Irene M. Borrego, tendo o júri decidido distinguir estes “dois filmes em que se destacam a forma e as histórias que contam”.
A decisão foi tomada após a visualização de “muitos filmes cativantes, inventivos, não raro realizados com poucos recursos materiais e frequentemente ambiciosos no seu desejo de descrever um recorte do mundo, seja a sua crueldade ou o seu potencial de tornar-se noutra coisa, coisa que talvez o cinema pudesse imaginar mesmo ao relacionar-se com o mundo”, referiu a organização do DocLisboa.
O prémio do júri desta edição do festival foi para o filme “Memória”, de Welket Bungué, que é “uma celebração do legado, com notas tanto de gravidade quanto de doçura”, e o prémio escolas para Melhor Filme da Competição Portuguesa foi para “A Visita e um Jardim Secreto”, de Irene M. Borrego, que durante 60 minutos explora “a personalidade em espelho, a procura do eu no outro, as pazes com o passado, a casa, o retrato, a permanência e a resiliência”.
Na competição internacional, o júri distinguiu, também, “A Landscaped Area Too Quiet For Me”, do realizador Alejandro Vázquez San Miguel, destacando a grande empatia e honestidade com que regista a realidade quotidiana da velhice extrema e pela evocação subtil e gradual do franquismo quase exclusivamente dentro dos limites de um apartamento.
O Prémio Revelação para Melhor Primeira Longa-Metragem foi atribuído a “It’s Party Time”, de Léo Liotard, com o júri a enaltecer o “olhar delicado” com que o cineasta observa as personagens, a “atmosfera melancólica” de um passado perdido e a forma sensível como trata a amizade masculina durante os anos formativos da transição entre a juventude e a idade adulta.
Nesta edição do DocLisboa, o júri decidiu ainda distinguir com uma menção honrosa a longa-metragem “Moto”, de Gastón Sahajdacny, que permite uma viagem por uma cidade afligida por desigualdades e violência policial.
O Prémio para Melhor Curta-Metragem foi para “May the Earth Become the Sky”, de Ana Vîjdea, com o júri a celebrar este filme como “a descoberta de uma sólida sensibilidade na realização, na expectativa de que viaje longe e muito, e ansiando para acompanhar o trabalho futuro da sua diretora”.
O festival DocLisboa atribuiu ainda prémios para a Melhor Longa-Metragem de Temática Associada ao Trabalho para “The Beach of Enchaquirados”, de Iván Mora Manzano; o Melhor Filme de Temática Associada a Práticas e Tradições Culturais e ao Património Imaterial da Humanidade para “Adeus, Capitão”, de Tatiana Almeida e Vincent Carelli, e uma menção honrosa para “Yarokamena”, de Andrés Jurado.
A distinção do Melhor Primeiro Filme Português foi para “Home, Revised”, de Inês Pedrosa e Melo, e o prémio do público para Melhor Filme Português transversal a todas as secções, exceto Verdes Anos, foi para “O que podem as Palavras”, de Luísa Marinho e Luísa Sequeira, revelou a organização.
Na competição Verdes Anos, “Picnic at Hanging Rock”, de Naama Heiman, venceu como Melhor Filme e “Bentuguês”, de Daniel Borga, foi o Melhor Filme Português.
Relativamente aos Prémios Arché, o Melhor Projeto em Fase de Montagem ou Primeiro Corte foi para “A Savana e a Montanha”, de Paulo Carneiro; o Melhor Projeto em Fase de Escrita ou Desenvolvimento foi para “Continuum”, de Mariana Bomba; e o Prémio Especial do Júri Arché para um Projeto em Fase de Escrita e Desenvolvimento foi atribuído a “House made of mist”, de Alberto Dexeus.
O festival de cinema DocLisboa, que cumpre este ano a 20.ª edição, começou em 06 de outubro e termina no domingo.
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