Bem, se ainda há bons episódios de “Grey’s Anatomy”, este certamente é um deles! Vários personagens enfrentaram os seus próprios demónios, uns com custos maiores, outros menores.
Jo fez a sua primeira cirurgia a solo. A novata estava confiante e armada em badass, mas acabou por vacilar. Ou melhor, a cirurgia correu bem (pelo menos assim ela o pensou), até realmente pensar nisso. Depois ficou com aquela sensação de “será que fiz isto, será que fiz aquilo”? Nem me acredito que ela caiu na brincadeira da Dr.ª Bailey quando a fez pensar que a paciente tinha morrido. Teve piada, mas coitada da rapariga.
Bem mais sérios, são os problemas dos irmãos Shepherd. Amelia foi humilhada em pleno hospital quando a filha de uma paciente anunciou alto e bom som que não queria uma drogada a operar a mãe! Ninguém sabia, mas todo o hospital ficou a saber. Nem consigo imaginar-me no lugar da Amelia. Ela lutou muito para ficar sóbria, para ficar bem, e viu-se exposta daquela maneira.
O Owen foi falar com o Derek para perceber se achava que Amelia continuava a ser adequada para o trabalho e o silêncio dele disse tudo. Lembram-se da velha frase “McDreamy is being a McAss”? Adequou-se perfeitamente a este episódio! Não me interessa o quanto a vida dele esteja miserável, o quanto ele se sinta zangado o tempo todo por tentar fazer o melhor pela Mer, pelos miúdos, não interessa. Isso não lhe dá o direito de ser um idiota com a Amelia. Já mencionei que ele também estava interessado em ficar com o trabalho da irmã? Detestei o discurso dele em frente à Direção. Não me convenceu ou comoveu minimamente. Está na altura de as pessoas nesta série começarem a pensar um pouco antes de agir. Ou então que ajam, mas depois assumam os erros.
A Arizona continua em trabalhos com a Dr.ª Herman, basicamente assumindo os casos dela, enquanto a “chefa” anda todo o dia desaparecida. Surgiu uma complicação com uma mulher grávida de 28 semanas e Arizona teve de assumir as rédeas e fazer o que achava melhor sem a mentora. O bebé ficou bem, mas a mãe morreu. Foi triste. Longe da fofura do outro caso do episódio, o de uns velhotes vítimas de um incêndio. Qualquer casal que se ame metade do que aquelas duas pessoas se amam, poderá certamente dar-se por feliz.
As irmãs Grey começam a dar-se bastante melhor. Eu sabia que isto não demoraria muito a acontecer e ainda bem. Gosto de ver a Mer a ser uma boa irmã, mesmo que ainda esteja a dar os primeiros passos, até porque gosto muito da Maggie. Acho que ela veio trazer algo de interessante a esta temporada.
O melhor do episódio foi mesmo quando a Meredith juntou a irmã, a Callie e o Alex e foram beber para a antiga casa de Ellis Grey, atual casa do Alex. Aqueles momentos de partilha do passado sexual de cada um foram muito engraçados. A Maggie precisa de um grupo de amigos, a Callie também precisa de se distrair do fim da relação com a Arizona e, bem, a Meredith também irá precisar de alguém…
Será que Shonda Rhimes se prepara para destruir novo casal esta temporada? Parece-me que sim… Para a semana temos o último episódio antes do grande hiato, por isso certamente várias questões ficarão no ar.
A única crítica (negativa!) que tenho a apontar ao episódio são os flashbacks de quando o pai do Derek e da Amelia foi baleado. Já tínhamos assistido a isto em “Private Practice” e se o propósito daquelas cenas serem novamente mostrados era “humanizar” Derek de alguma forma, não foi bem conseguida. Estou bastante zangada com ele!
Nota: 8,5/10
Diana Sampaio.
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