A versão norte-americana da icónica série original inglesa "The Office" criada por Ricky Gervais teve uma longa vida: nove temporadas produzidas entre 2005 e 2013, com 42 nomeações para os prémios Emmy e cinco galardões.
Steve Carell, Rainn Wilson, John Krasinski, Creed Bratton, Jenna Fischer, Craig Robinson, Mindy Kaling e BJ Novak foram alguns dos atores que fizeram parte do elenco da comédia filmada estilo de documentário que acompanhava a vida, por vezes animada, por vezes aborrecida, dos empregados de escritório completamente desinteressados de uma banal empresa na Pensilvânia (EUA).
Nove anos depois da despedida, Mindy Kaling, que era a egocêntrica Kelly Kapoor, do serviço de atendimento ao cliente, e também escreveu dois dos episódios, acha que a série se tornou demasiado "inapropriada" e muita da sua comédia nunca seria aceite na televisão que agora se faz.
"Essa série agora é tão inapropriada. Os argumentistas com quem ainda estou em contacto, falamos sempre sobre como provavelmente não poderíamos agora fazer muito dessa série. Os gostos mudaram e, sinceramente, mudou muito o que agora ofende as pessoas", disse a atriz recentemente no programa Good Morning America.
Apesar de achar que não sobreviveria se fosse feita agora, reconhece que é a faceta "transgressora" que explica o fenómeno: "The Office" era a série mais vista na Netflix nos EUA antes de se mudar em 2021 para outra plataforma de streaming, até à frente de "Friends".
"Na verdade, acho que é por isso que a série é popular, porque as pessoas sentem que há algo de destemido nela ou de tabu que é falado", explicou.
Seja como for, Kaling não parece muito inclinada para mostrar aos filhos o que andou a fazer: "Acho mais ou menos que talvez nunca".
A atriz também tem uma ideia sobre o paradeiro Kelly Kapoor: "Acho que teria saído da Dunder Mifflin para se tornar uma 'influencer'. E provavelmente teria sido cancelada praticamente de imediato. Na verdade, a maioria das personagens nessa série agora já teriam sido canceladas".
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