Lembra-se do miúdo de "À Procura da Terra do Nunca" e da versão de "Charlie e a Fábrica de Chocolate" assinada por Tim Burton? Aquela que era uma das mais jovens promessas do início do milénio já conta 25 anos e já ganhou lugar entre as certezas do cinema e da televisão recentes.

Se hoje é frequente vermos atores a movimentarem-se entre o pequeno e o grande ecrã, tendência impensável há poucas décadas (pelo menos a esta escala), Freddie Highmore está entre os que já saltitam entre os dois meios desde o início da carreira.

Oriunda de uma familia com ligações ao universo da representação (o pai é ator, a mãe é agente), a estrela londrina iniciou-se no mundo do espetáculo aos 7 anos, com pequenos papéis em séries televisivas mas também como filho de Helena Bonham Carter na comédia "Conversas de Mulheres", de 1999.

Nos anos seguintes, continuou a alternar papéis no cinema e na TV, entre séries da BBC (como "As Brumas de Avalon") e o filme "Dois Irmãos", de Jean-Jacques Annaud. Mas foi com "À Procura da Terra do Nunca", de Marc Foster, em 2004, que Highmore conseguiu atingir verdadeiramente uma dimensão mundial, não só por contracenar com Johnny Depp e Kate Winslet mas por se destacar com uma interpretação tão elogiada como as dos atores veteranos.

À Procura da Terra do Nunca

Entre vitórias e nomeações, o desempenho do britânico no filme que conta as origens da história de Peter Pan rendeu-lhe aplausos nos prémios Critics' Choice, Saturn ou Screen Actors Guild, garantindo-lhe lugar nas listas de jovens esperanças de Hollywood. Esse estatuto seria reforçado no ano seguinte, com "Charlie e a Fábrica de Chocolate", mais uma vez ao lado de Johnny Depp. O seu olhar curioso, obstinado e empático foi decisivo para que o protagonista estivesse entre os trunfos da revisão do clássico de Roald Dahl, numa interpretação que, mais uma vez, não passou despercebida junto da crítica nem do grande público.

Estes dois filmes foram a rampa de lançamemto para a mais de uma dezena na qual Highmore participou desde então, na qual se conta "Um Bom Ano", de Ridley Scott, ou "Artur e os Minimeus", de Luc Besson, e respetivas sequelas - saga na qual volta a ser protagonista.

Mais mais recentemente, a carreira de Highmore tem sido vincada pelo regresso ao pequeno ecrã, caso da série da BBC "Close to the Enemy" (2016), do telefilme da HBO "Tour de Pharmacy" (2017) e sobretudo de "Bates Motel", onde manteve o papel principal ao longo das cinco temporadas, entre 2013 e 2017, ao lado de Vera Farmiga - atriz da qual se tornou amigo próximo e até padrinho do seu filho. Na produção do A&E que funciona como prequela de "Psico", de Alfred Hitchcock, foi elogiado e premiado pelo seu desempenho como o jovem Norman Bates mas também se aventurou na escrita e realização de alguns episódios.

Bates Motel

Ultimamente, o britânico voltou a sugerir que não quer mesmo ficar-se apenas pela representação. Além de protagonizar "The Good Doctor", o seu novo desafio, é produtor dessa aposta da ABC na qual encarna um médico sofre de autismo e também do síndrome de Savant, conhecido como o "síndrome do sábio" (doença que dificulta a socialização e permite desenvolver habilidades mentais incomuns, como uma memória com capacidade acima da média).

Tendo em conta que é da autoria de David Shore, criador de "House", a série dramática ambientada num hospital tem potencial para voltar a marcar um momento alto do percurso de Highmore junto do grande público, e numa personagem radicalmente distinta da sua aventura em "Bates Motel". Uma viragem de rumo a confirmar a partir de 25 de outubro, às 23h10, no AXN.

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