Regressou do Rio de Janeiro em finais de Junho, fez 32 viagens para todo o mundo em apenas um ano, mas não dá mostras de cansaço.

Mal voltou a Lisboa, depois de no Brasil ter feito um filme, uma novela e de ter participado noutros programas de TV, o actor Ricardo Pereira mergulhou logo de cabeça no trabalho: entrou nas gravações de «Eterno Amor», a telenovela que a SIC se prepara para estrear já em Setembro, fez campanhas publicitárias e aceitou um papel no filme «Uma Aventura na Casa Assombrada», da Valentim de Carvalho.

Um Verão profissional em cheio, sem férias, mas Ricardo Pereira não se queixa...

Com tanto trabalho, como é que consegue aguentar-se?

É verdade que não tenho férias de Verão, estou a trabalhar a alta velocidade, mas não é nenhum drama. Vim em Junho do Brasil, morava mesmo em frente à praia e consegui tirar lá uns dias de descanso. Preparei-me porque já sabia que a nova novela da SIC me iria ocupar imenso tempo. De resto, para mim, as férias não têm de ser necessariamente em Junho, Julho, Agosto ou Setembro. Vou descansando quando posso, porque a minha profissão assim o exige e eu não me importo. Mas sempre que possível, aproveito os fins-de-semana para descansar.

Na novela «Eterno Amor», vai dar vida a «Pedro», que faz par romântico com a personagem interpretada por Sandra Barata Belo, com quem já trabalhou em «Amália». Está a correr bem?

Está a ser uma experiência única trabalhar outra vez com a Sandra, que é uma pessoa extraordinária. De resto, tenho a certeza que esta novela vai ser o sucesso da nova grelha da estação.

Quem é o «Pedro» da novela?

O meu personagem é um rapaz completamente normal, de uma família média-baixa. É determinado e responsável mas vai ter um azar na vida, passa cinco anos em coma e perde tudo o que tinha e não tinha: família, amor, uma vida e até os documentos. Como se verá depois, é uma verdadeira história de amor, daquelas que já não existem.

Esteve meses no Brasil com a sua namorada Francisca Pinto Ribeiro. Foi bom?

Foi, mas as pessoas, por cá, achavam que eu só ia para a praia. Como vivíamos mesmo frente ao mar, quaisquer dez minutos eram suficientes para dar um mergulho, apanhar um solinho ou fazer uma corrida matinal.

A verdade é que foi um tempo bastante exigente: durante dez meses gravei uma novela («Negócio da China»), fiz um filme («Uma Professora Muito Maluquinha») e um programa de dança que durou todo um trimestre. Mas adorei e quero voltar. Para o ano lá estarei, para mais um projecto.

Centenas de fãs esperam a todo o momento o anúncio do seu casamento com Francisca Pinto Ribeiro. Está para breve?

Não sei que dizer... Quando um dia decidir casar-me, não me importo que as pessoas saibam, até porque o casamento é um acto público.
Mas prefiro não falar sobre coisas da nossa intimidade. Se me vou ou não casar, se vou ou não fazer um pedido, logo se vê - tudo tem o seu tempo na vida.

(Maria Ana Figueira)