"Um Dia de Cada Vez", nova versão de uma famosa série norte-americana com o mesmo nome transmitida entre 1975 e 1984, regressa no próximo mês à Netflix. A terceira temporada tem estreia marcada para o dia 8 de fevereiro.

Esta quinta-feira, o serviço de streaming revelou o primeiro trailer dos novos episódios. Ao longo da terceira temporada, "a família Alvarez vai passar por momentos menos bons, mas a felicidade também vai invadir a casa liderada pela cubana Lydia Riera (Rita Moreno)".

Veja o trailer:

Melissa Fumero (Amy Santiago em "Brooklyn Nine-Nine") e Stephanie Beatriz (Rosa Diaz em "Brooklyn Nine-Nine") são duas das caras novas da terceira temporada, que vai contar ainda com a participação de Gloria Estefan.

A série é centrada numa família cubano-americana e aborda temas como a imigração, o sexismo e o racismo no atual clima social e político dos Estados Unidos. O fio condutor é uma mãe solteira com dois filhos. Mas a família branca de Indianápolis da série antiga transformou-se numa família latina de Los Angeles, com uma terceira geração representada pela avó, que chegou de Cuba quando era jovem, em 1962.

Para Gloria Calderon Kellett, que se inspirou na sua própria história para escrever a série, era o momento de abrir o horizonte para personagens hispânicos na televisão.

"Somos sempre rotulados", lamentou Justina Machado, atriz americana de pais porto-riquenhos e avó cubana que interpreta Penélope. "A garota sexy e apaixonada, o melhor amigo engraçado ou o polícia durão. É como se não houvesse nada mais", lamenta. "O que gosto na Penélope é que ela tem múltiplas faces", acrescentou.

"Um Dia de Cada Vez" enquadra-se em uma nova tendência, mas não é pioneira. Nos últimos anos, "Jane The Virgin" também colocou em cena três gerações de hispânicos; "East Los High" mostrou adolescentes latinos de Los Angeles, e os dois protagonistas da série do Netflix "The Get Down", sobre o nascimento do hip-hop, têm origens na América Latina.

Além de abordar a imigração, "Um Dia de Cada Vez" evoca também o racismo quotidiano, simbolizado pelas reflexões tortuosas de personagens brancas que mostram até que ponto os estereótipos estão enraizados na sociedade norte-americana.