"Tal como há oito meses, quando vivíamos um período difícil de confinamento domiciliário, achei que agora, que nos é imposto o recolher obrigatório ao fim de semana, podia dar o meu contributo para que as pessoas fiquem em casa", afirmou à Lusa José Gonçalves.

A sessão online da matiné dos anos 1980 está marcada para domingo, às 15h30, a partir da garagem da casa de Zezé Gonçalves, na freguesia de Darque, na margem esquerda do rio Lima.

"Se tal como da primeira vez conseguir juntar mais de 20 mil pessoas na sessão online, são 20 mil pessoas que ficam em casa, em Portugal e no mundo. Em março, a matiné foi também acompanhada por muitos vianenses espalhados por vários países", adiantou.

Além do apelo ao cumprimento da medida de combate à pandemia de COVID-19, José Gonçalves pretende "dar ânimo e força, numa maratona exigente e longa".

"As pessoas estão cansadas. São muitos meses sem ver uma luz ao fundo do túnel. Quero dar o meu modesto contributo para voltar a ver a alegria das pessoas durante a primeira matiné, em março", explicou.

O alinhamento da tarde dançante começa com música ambiente, estando a "abertura da pista" marcada para as 16h00.

"Vou passar uma série de corridinhos e, antes do encerramento, às 19h00, tal como acontecia nas discotecas, nos anos 80, não faltarão os ‘slows'(baladas), que os casais não dispensavam para namorar", explicou.

Em março, mais de 20 mil pessoas de pelo menos oito países estiveram ligadas, durante três horas e meia, à sessão online que recriou as tardes dos anos 80 do século XX numa antiga discoteca de Viana do Castelo.

Zezé Gonçalves, nome pelo qual é conhecido, foi DJ entre 1989 e 1996, da discoteca Viana Sol, espaço de diversão noturna da capital do Alto Minho que viria a fechar portas poucos anos depois.

"Só numa das publicações na página pessoal no Facebook, entretanto eliminada, o registo foi de 24 mil pessoas de países como a Suíça, Angola, Moçambique, Maláui, Espanha, França, Canadá, Andorra e claro muitos amigos e familiares em Viana do Castelo e no país", afirmou José Gonçalves.

A pandemia de COVID-19 provocou pelo menos 1.319.561 mortos resultantes de mais de 54,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.472 pessoas dos 225.672 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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