Um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira, Chico César vem a Portugal para um concerto em Lisboa no dia 29 de setembro, no Capitólio.

A atuação faz parte da digressão do álbum “Vestido de Amor”, com lançamento previsto para 23 de setembro. O disco é o primeiro de Chico feito fora do Brasil, produzido pelo franco-belga Jean Lamoot.

Esta sexta-feira, 24 de junho, o compositor brasileiro estreou o single "Vestido de Amor” nas plataformas digitais.

O novo concerto marca o regresso de Chico César aos palcos portugueses, uma relação que começou há 25 anos.

“A primeira vez que fui a Portugal foi em 1997. Só violão e percussão, mas foi muito bacana. Eu me senti entrando pela porta da frente abrindo o show de Daniela Mercury nos Coliseus. Era uma vitrine maravilhosa, Daniela estava cantando "A Primeira Vista", que era um sucesso. Meu primeiro disco ao vivo era bastante conhecido e imediatamente se estabeleceu uma conexão. Porque eu trabalho muito com a palavra e poder ter um público na Europa que compreendesse plenamente meus jogos de palavras, minhas experimentações, isso me animou muito e creio que foi bem estimulante para os portugueses”, relembra o artista, que está entusiasmado para atuar novamente para o público lisboeta. “É sempre uma alegria poder voltar a Portugal e ter esse reencontro que tem a ver com a lusofonia e o som que as palavras tomaram e tomam dentro da minha entoação, da minha música.”

Profundo conhecedor da música e cultura portuguesas, Chico César mantém parcerias musicais e fraternas do lado de cá do Oceano Atlântico.

“Eu tenho a felicidade de ter estabelecido uma relação de colaboração muito próxima com artistas como Né Ladeiras e Felipa Paes. Também tenho contato com Rui Veloso, Aline Frazão, Susana Travassos. Agora mais recentemente com Marisa Liz que foi ao Brasil procurar músicas para o seu álbum. E também uma aproximação forte com os escritores como Valter Hugo Mãe, Mia Couto e Agualusa por causa do lance da palavra na minha música. Essa aproximação é muito natural e estimulante para ambos os lados.”

O álbum

“Vestido de Amor” é o décimo álbum de Chico César. O músico propõe um álbum com múltiplas cores: do forró do norte brasileiro ao reggae jamaicano, da rumba zairense ao calipso, do coco ao elétrico rock urbano. O trabalho mostra profundamente o tema do pan-africanismo, desta vez do ponto de vista da diáspora.

Como não poderia deixar de ser, a política é parte essencial do trabalho do artista paraibano e isso fica muito claro com a visceral faixa “Bolsominions”. Um reggae que fala sobre a visão de Chico César sobre os adeptos do presidente Jair Bolsonaro.

“Felizmente não teremos mais quatro anos com Bolsonaro. Acho que temos um trabalho imenso pela frente e não vai ser um governo progressista, de centro-esquerda com aliança com a centro-direita que vai tornar o país um paraíso. Tirar o bode da sala já dá um alívio, mas o aroma do bode fica. E vai demorar a sair”, conclui.

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