Ao terceiro dia de festival, a temperatura subiu, o vento deu descanso e as pernas acusavam algum cansaço. Dinosaur Jr., Explosions in the Sky e My Bloody Valentine eram os nomes mais esperados do dia que, ainda assim, não voltou a receber a mesma enchente de público do dia anterior.  

Aqui a expressão dos 8 aos 80 não funciona. Talvez por ser dia da criança, talvez porque o ambiente do Optimus Primavera Sound assim o proporcione, o que é certo é que, ao percorrer o recinto, eram muitas as crianças que se encontravam no Parque da Cidade. Acompanhadas pelos pais, possivelmente por um ou outro tio e tia com um espírito mais aberto, daqui a uns anos vão poder agradecer e, com certeza, ter uma história para contar.

A diversidade do cartaz, a roçar por vezes na falta de coerência, permite ao passeio entre palcos e, para muitos, a descoberta de novas bandas. Entre novatos e promessas emergentes ou veteranos e instituições de determinado género musical – fazendo uso de todos os clichés -  há sempre espaço para novas paixões ou desilusões e o amor pode estar no palco ao lado. E pode resumir-se a noite de ontem assim.

The Glockenwise apresentaram-se em inglês, “We’re Xutos, the greatest portuguese rock band, e os Explosions in the Sky em português, “nós somos os explosões no céu”.

Ao contrário dois primeiros dias, é difícil destacar o concerto da noite. Certamente não concordarão com isto as primeiras filas de My Blood Valentine, mas não era só por culpa do cansaço que à hora do concerto muitos preferissem o conforto do chão.

Por último, vénia aos resistentes que ficaram até ao fim de DJ Coco. Agora é contar as estações até chegar, novamente, a Primavera.