A exposição, que será exibida ao mesmo tempo que o artista tem uma mostra na Cordoaria Nacional, em Lisboa, vai abranger o museu e o parque de Serralves, onde ficará localizada “Pequi Vinagreiro”, um trabalho de proporções gigantes criado entre 2018 e 2020, como réplica de uma espécie de árvore de origem brasileira, em vias de extinção.

Em declarações à Lusa, o diretor do museu, Philippe Vergne, disse que “Pequi Vinagreiro” ficará localizada perto da quinta, onde permanecerá durante quase um ano, até 9 de julho de 2022.

Pelo parque, estarão ainda espalhadas as sete peças da série “Raízes”, também feitas de ferro e igualmente “monumentais à sua maneira”, como frisou Vergne.

Para instalar “Pequi Vinagreiro”, foi necessário “muito saber-fazer” devido às exigências de engenharia requeridas pela obra, com uma particular atenção às fundações, à resistência ao vento, entre outros detalhes: "Estás a construir um edifício".

“Belisco-me sempre que vou ao local. Começas um projeto a esperar pelo melhor, mas para o artista, para nós aqui, vê-lo acontecer é tão recompensador”, disse o diretor do museu à Lusa, frisando a oportunidade única que terá quem visitar Portugal, por poder visitar duas exposições “complementares” de Ai Weiwei, em Lisboa e no Porto.

“Tem-se a possibilidade, neste momento, de, apanhando um comboio, ver o âmbito completo da obra de Ai Weiwei”, afirmou Philippe Vergne.

A exposição é comissariada por Vergne e pela curadora Paula Fernandes.

A exposição inclui também os trabalhos “Duas Figuras”, “Mutuophagia” e o filme “Uma Árvore”, que serviu como ‘making of’ da criação de “Pequi Vinagreiro”.

A exposição contou com o apoio do estúdio do artista, da Lisson Gallery, de Londres, e da galeria neugerriemschneider, de Berlim.

A mostra estará presente no Museu de Serralves até 5 de fevereiro do próximo ano e, no parque, até 9 de julho.

Ai Weiwei nasceu em 1957, em Pequim, trabalha, há décadas, sobretudo na área do documentário e artes visuais, mantendo uma postura crítica sobre a China em questões de direitos humanos, mas também em outros lugares onde existem refugiados ou perseguidos por questões políticas.

Em 2011, o artista, que fez parte da equipa que desenhou o estádio Ninho de Pássaro, em Pequim, esteve preso durante 81 dias, na China, sem acusação, apenas com alegações de crimes económicos, e, depois de libertado, passaram-se quatro anos até ser autorizado a sair do país.

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