"Toy", de Netta Barzilai, representante de Israel, é, segundo as casas de apostas online, a canção favorita para vencer a edição de 2018 do Festival Eurovisão da Canção, que se realiza pela primeira vez em Lisboa. Mas há quem lute pelo contrário.
À porta do Eurovision Village, espaço criado no Terreiro do Paço, um pequeno grupo de pessoas tem distribuído panfletos que pedem ao público que não vote no tema israelita. "Acabar com a ocupação e o apartheid israelita na Palestina. Dá zero ponto à música de Israel na televotação", pode ler-se na frente da folha.
"A Eurovisão vai começar em Lisboa. "'Zero Pontos para Israel na competição musical da Eurovisão' é uma campanha anual que se opõe à ocupação e ao apartheid. Esta campanha não poderá ter fim até que o Estado de Israel deixe de violar o Direito Internacional impunemente", explicam os promotores do protesto.
A canção de Israel, tal como explicou Netta Barzila ao SAPO Mag, tem "uma mensagem importante - o despertar do poder feminino e da justiça social". Para o movimento Boycott, Divestment, Sanctions (BDS), a israelita "participa igualmente nos esforços de Israel limpar a sua imagem internacionalmente". "[A Canção] enquadra-se numa contínua tentativa israelita de branquear a opressão do povo palestiniano através de uma campanha de marketing de políticas de 'igualdade'. Ignora, também, a falta de condições das mulheres de Gaza que se encontram em prisões a céu aberto", acrescenta a BDS.
A campanha insere-se na iniciativa global de Boicote, Desinvestimento e Sanções.
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