O escritor venceu esta quinta-feira o prémio deste ano, instituído em 1996. O galardão distingue, anualmente, o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio.

Num texto publicado na página oficial da Presidência da República na internet o Presidente fala da “originalidade” da obra “grave e lúdica” do escritor, que fez com que em menos de 20 anos “fosse traduzido e premiado um pouco por todo o mundo, e seja reconhecido em Portugal já não como uma promessa mas como uma certeza”.

Dizendo ainda que não será surpresa para ninguém que Gonçalo M. Tavares, ainda jovem, vença um prémio de consagração, Marcelo Rebelo de Sousa lembra que em menos de duas décadas “publicou uma obra extensa” de todos os géneros.

E todos os géneros (romance, conto, ensaio, teatro, poesia, literatura para crianças) “subverte com uma galeria de personagens, enredos e obsessões que são ao mesmo tempo decantados de toda a literatura universal, particularmente a literatura europeia contemporânea, e eminentemente pessoais”, escreve Marcelo Rebelo de Sousa.

Gonçalo M. Tavares, 47 anos, professor de filosofia na Universidade de Lisboa, publica desde 2001 e é dos escritores portugueses mais traduzidos.

A cerimónia de entrega do prémio realiza-se a 1 março de 2018, data em que se assinala a morte de Vergílio Ferreira, estando previstas intervenções do premiado, do júri e da reitora da Universidade de Évora.