Devo um parágrafo de explicação para o título: "lhe" ao acontecimento que pude vivenciar. Falo dos portugueses. Sim, de nós. Mais especificamente, dos portugueses que, sozinhos ou bem acompanhados, se vão construindo e ganhando lugar no panorama musical - tanto nacional como internacional.

Portugueses no SBSR
Portugueses no SBSR

Depois de três dias de festival, há menções que não podem passar em branco de forma alguma. Com um palco exclusivamente dedicado à indústria musical nacional (Palco Antena 3), foram vários os nomes apelativos - mais ou menos conhecidos - que passaram por Lisboa nestes últimos dias. De vários estilos, com particularidades e trivialidades inerentes a todos, os artistas e bandas portugueses estão de parabéns.

Há exemplos concretos, como em tudo. Não os pude ver todos, para infelicidade minha: logo no primeiro dia, Duquesa - com o bom humor a que já nos habituámos, Nuno Rodrigues trouxe-nos de Barcelos canções que nos fizeram pensar; essencialmente sentir, mas também pensar.

No dia 17, Best Youth deslumbraram o público, que, se se encontrava dividido entre esse e outro qualquer concerto, rapidamente dissipou quaisquer dúvidas. A dupla constituída por Catarina Salinas e Ed Rocha Gonçalves roubou os corações a todos os que tiveram coragem de os ver.

No último dia de festival, tive a oportunidade de ver os já conhecidos Modernos, que tocaram no Palco EDP com a boa disposição e descontração que lhes são características e, ainda, D'Alva, no Palco Antena 3. Estes últimos, não tendo ainda - e que este ainda fique sublinhado - atingido o patamar de Modernos, puseram uma multidão a dançar e a cantar com eles. deixando transparecer felicidade e energia, que se foi contagiando aos vários cantos do recinto, de onde chegavam mais e mais pessoas para os ver.

Em suma, torna-se notória a forte aposta na música nacional e, mais importante que isso, está à frente dos nossos olhos que essa aposta é absolutamente justificada, havendo muito talento para explorar.