A programação expositiva do Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC) para o primeiro semestre do ano começa com “No sonho do homem que sonhava, o sonhado acordou”, com curadoria dos alunos do segundo ano do Mestrado em Estudos Curatoriais, do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, na Galeria Millennium bcp, de 28 de janeiro a 27 de março.

Continuando uma linha de programação de partilha pública de coleções privadas, haverá a grande exposição “Não sei se posso desejar-lhe um Feliz Ano. Obras da coleção Mário Teixeira da Silva”, com curadoria de Adelaide Duarte, patente de 25 de março a 28 de agosto, ocupando quase todo o edifício do museu, com fotografia, vídeo, escultura, instalação e pintura.

O MNAC irá ainda apresentar uma nova revisitação da coleção do museu, na Ala Capelo Sul, através do tema da paisagem - "Paisagens povoadas. Narrativas da coleção do MNAC (1850-1930)" - com curadoria de Maria de Aires Silveira, exposição que estará patente de 16 de fevereiro a 28 de agosto, de acordo com a programação enviada à agência Lusa.

No quadro das exposições do seu projeto colaborativo "Portugal entre Patrimónios", poderá ser vista, de 18 de fevereiro a 19 de maio, a coletiva "Zoom In | Zoom Out", de fotografia e pintura, com obras de Duarte Belo, Mimi Tavares, António Faria, David Fossard e Inês Moura, sob curadoria de Isabel Calado.

No âmbito dos 50 anos da Conferência de Estocolmo, haverá ainda a exposição “A outra vida secreta dos animais”, de 7 de abril a meados de agosto, com curadoria de Emília Ferreira, dedicada ao público mais jovem.

Esta exposição contará com um programa educativo que envolverá oficinas de desenho, e um encontro de um dia subordinado ao tema “Do Livro Infantil como Arte”, organizado por Emília Ferreira e Rogério Miguel Puga.

Na Ala Capelo Norte, o MNAC apresentará ainda a individual de Edgar Martins, “There’s a shite stunk in the air – Dad’s oot oan bail”, que ficará patente de 19 de maio a 28 de agosto.

Radicado em Inglaterra, Edgar Martins é um artista plástico que trabalha as diversas vertentes da fotografia urbana e de paisagem.

Expõe individualmente desde 1999, em cidades como Macau, Londres, Edimburgo, Porto, Lisboa, Coimbra, Funchal, Madrid, Frankfurt, Pequim e Nova Iorque, tendo arrecadado em 2009 o Prémio BES Photo, e o Sony World Photography Award, na categoria de Natureza Morta, com a série "Silóquios e Solilóquios sobre a Morte, a Vida e outros Interlúdios".

Quanto aos congressos internacionais previstos, na sequência de “Na Escalada do Desejo. Julião Sarmento (1948-2021)", organizado pelo MNAC e pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), em fevereiro, será lançada a chamada para trabalhos do congresso internacional deste ano, em torno da vida e obra de Nikias Skapinakis, igualmente organizado pelo MNAC e pela FBAUL.

Paralelamente, o MNAC continuará a apresentar uma programação de visitas, conversas, palestras e oficinas pedagógicas.

Quanto às exposições na Casa-Museu Anastácio Gonçalves - tutelada pelo MNAC - poderá ser vista, da coleção permanente, até 29 de maio, a exposição “Estrada Branca”, de Teresa Segurado Pavão, com curadoria de Ana Mântua.

A CMAG tem vindo a lançar desafios a artistas contemporâneos para reinterpretarem o edifício, as coleções ou mesmo a figura do médico oftalmologista e colecionador cujo espólio ficou para acesso público, e, neste âmbito, a ceramista Teresa Segurado Pavão "aceitou esse desafio, criando peças que estimulam o imaginário", indica o MNAC.

Ainda durante o mês de maio, em data a confirmar, na CMAG irá organizar um primeiro encontro científico de um dia, em torno da temática das casas-museus, com um programa "a anunciar brevemente".

Na segunda quinzena de cada mês, a CMAG organiza também dois momentos de visita sob o pretexto “Breve Encontro”, para falar de espaços do museu ou de obras da coleção.

A Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves é um espaço museológico da cidade de Lisboa onde se expõe o acervo reunido pelo médico colecionador António Anastácio Gonçalves, com cerca de 3.000 obras de arte, expostas em três grandes núcleos: pintura portuguesa dos séculos XIX e XX, porcelana chinesa e mobiliário português e estrangeiro.