
A obra inclui seis contos, entre os quais "História de Dois Patifes" e "Sempre Amigos", duas outras prosas de cariz não-ficcional, "Manhã no Tejo" e "Ceifeiros", e, em anexo, "Eu, autobiografia", do autor nascido em Vila de Frades, no Baixo Alentejo, além de uma cronologia biobibliográfica de Fialho.
A escolha dos contos é justificada por "ser esse o género mais representativo da arte" de Fialho, "e o que mais interesse provocará no leitor", e, as suas prosas, pela qualidade, afirmam os editores, reconhecendo que de fora "ficam muitos textos de grande beleza e muitos dos artigos d'Os Gatos", obra maior de Fialho, editada entre 1889 e 1894.
O conto "Histórias de Dois Patifes", que dá título à antologia, é o retrato de dois gatos que se dedicam a várias patifarias, recusando-se a abdicar da liberdade face a algumas vontades da sua dona.
Fialho, que na autobiografia se considera "um indivíduo que precisamente se orgulha de não ter história", foi ajudante de farmácia, médico, profissão que nunca exerceu, "pois a sua vocação era a literatura", jornalista e tradutor. Sobre si declarou "jamais ter feito campo à mediocricidade do seu tempo".
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