Uma decoradora apresentou queixa contra Gérard Depardieu na sexta-feira (23) por uma alegada agressão sexual durante uma rodagem em Paris em 2021, indicou à France-Presse a sua advogada Carine Durrieu-Diebolt, numa novo caso contra a estrela do cinema francês.

A queixa por agressão sexual, assédio sexual e ofensas sexistas remontam a factos ocorridos em 2021, durante a rodagem do filme "Les Volets Verts" de Jean Becker, segundo a advogada, que confirmou a informação revelada pela Mediapart.

Segundo o relato da queixosa, chamada Amelie e de 53 anos, na Mediapart, o ator fez comentários indecentes sobre ela e depois "agarrou-a brutalmente" e "subiu pela cintura, pela barriga, até os peitos".

Os seguranças do ator teriam interrompido a agressão denunciada.

A lista de créditos do filme lançado em 2022 inclui Amélie Kyndt como cenógrafa, com a responsabilidade de preparar o 'set' com os adereços e móveis corretos para a rodagem das cenas.

O meio digital assegura que outra mulher - Sarah, 33 anos e terceira assistente de realização - também acusa Depardieu de ter tocado "os peitos e as nádegas" dela duas vezes em agosto de 2021 em Paris.

Em dezembro de 2020, a Justiça indiciou Depardieu, de 75 anos, por uma alegada agressão sexual à atriz Charlotte Arnould, que apresentou queixa por duas violações na casa do ator em Paris em agosto de 2018,

No final de dezembro, a Justiça arquivou a denúncia da atriz Hélène Darras, que o acusava de a ter agredido sexualmente durante uma rodagem em 2007, pelos factos terem prescrito.

Nesse mês, a jornalista e escritora espanhola Ruth Baza anunciou que apresentou na Espanha uma queixa contra o artista por violação, por factos alegadamente ocorridos em Paris em 1995.

As repetidas acusações contra Depardieu tornaram-se uma frente da guerra cultural na França, dividindo o mundo do cinema e colocando frente a frente os grupos feministas e os defensores do ator.