O quarteto constituído por Daniel Ferreira (saxofone soprano), Catarina Gomes (saxofone alto), Pedro Silva (saxofone tenor) e Mafalda Oliveira (saxofone barítono), distinguido no Prémio Jovens Músicos em 2018, entre outros concursos internacionais, atua, no próximo dia 14, no Walking Tour Berg en Dal, que se realiza entre os Países Baixos e a Alemanha.

No concerto, neste evento musical, que se realiza de forma “itinerante” entre Berg en Dal, nos Países Baixos, e Zyfflich, na vizinha Alemanha, o quarteto português vai interpretar peças de Jean Rivier, Isaac Albéniz, Claude Debussy e Franz van Suppé, entre outros compositores

“Renascer”, o novo projeto do quarteto, conta com a participação do músico António Carlos Costa, na guitarra portuguesa, e é “uma homenagem à música de Carlos Paredes (1925-2004)”, disse à agência Lusa a saxofonista Catarina Gomes.

“Neste novo projeto, o género musical fado é explorado numa instrumentação diferente do habitual, um quarteto de saxofones e guitarra portuguesa”, afirmou.

O projeto conta com composições originais de António Carlos Costa e composições de Paredes, com arranjos de Daniel Ferreira, para quarteto de saxofones.

“Sendo o fado um género musical exclusivamente português e, por isso, uma representação cultural do país, a ideia de juntar a já habitual guitarra portuguesa ao quarteto de saxofones surge de uma maneira algo espontânea e natural”, afirmou Catarina Gomes.

Os músicos do Maat Sax Quartet encontraram-se com António Carlos Costa em Amesterdão, recordou a saxofonista.

O projeto é estreado no próximo dia 20, no Grachten Festival, que acontece nos canais de Amesterdão, sendo repetido no dia seguinte à noite, num total de quatro concertos, em dois dias.

Em Portugal, “Renascer” poderá ser ouvido pela primeira vez a 03 de setembro, na Casa-Museu Egas Moniz, em Estarreja, no distrito de Aveiro.

Antes de atuar em Portugal, o quarteto apresentar-se-á ainda, no dia 22 de agosto, no StadsTheater, em Zoetermeer, a sul de Amesterdão.

O Maat Saxophone Quartet foi criado em 2018, por músicos portugueses que se cruzaram no conservatório de Amesterdão, e em pouquíssimos anos estabeleceram a ‘alma’ de um agrupamento que conquistou salas como o Concertgebouw de Amesterdão, o TivoliVredenburg, de Utrecht, o Muziekgebouw de Eindhoven, a Casa da Música, no Porto, e a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Em conjunto, já trabalharam com formações como os quartetos Dudok e Danel, e músicos como os saxofonistas Lars Niederstrasser e Ties Mellema, o clarinetista Nuno Pinto e o guitarrista Ricardo Silva.

Vencedores do Prémio Jovens Músicos, da Antena2, na classe de música de câmara, em 2018, e do prémio Storioni International, nos Países Baixos, em 2019, ganharam ou foram finalistas de competições como as do festival de Grachten, o Willem-Twee Concertzaal e do Concurso Nacional de Música de Câmara de Vila Verde.

O nome Maat, que apenas por acaso coincide com a sigla do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, tem, em neerlandês, o significado de companheirismo e, na sua raiz, preserva igualmente a noção de compasso, de divisão do tempo musical, daí ter sido escolhido pelos músicos.

Em abril 2020 o grupo editou o seu primeiro CD, “Ciudades”. Em junho deste ano apresentou-se, pela primeira vez, depois da pandemia, no Cineteatro de Estarreja, num concerto transmitido "online".

Em julho, atuaram no Wonderfeel Festival, no Nationaal Bomenmuseum Gimborn, nos Países Baixos, e no Festival International de Música do Marvão, onde deram dois concertos.