Depois de ter praticamente desaparecido da vida pública em 2005 por causa do julgamento em que era acusado de ter abusado sexualmente de uma adolescente, o cantor cinquentenário tinha anunciado em março de 2009 o seu regresso aos palcos, num concerto em Londres, no Verão.
Dotado de uma voz inconfundível, Jackson tinha sido bailarino e já aos dez anos o seu talento era reconhecido, embora só mais tarde tivesse conquistado o estatuto de estrela mundial. E o seu desaparecimento foi precoce.
Depois da morte, Michael Jackson continua muito presente
Um argumento sobre a vida de Michael Jackson, contada pelo ponto de vista do seu chimpanzé de estimação, visto como um dos mais originais a circular por Hollywood, vai ser adaptado ao cinema.
Os direitos de "Bubbles" foram adquiridos pela Starburns, que fez sensação na recente temporada dos Óscares com "Anomalisa", uma animação em 'stop-motion' para adultos realizada por Duke Johnson e Charlie Kaufman.
A mesma técnica será usada neste projeto. "Um bebé chimpanzé é adotado pela estrela pop Michael Jackson. Narrando a sua própria história, Bubbles, o Chimpanzé, relata a sua vida dentro do círculo íntimo do Rei do Pop através dos escândalos que mais tarde atingiram a vida de Jackson e eventualmente levaram à libertação de Bubbles", pode ler-se na sinopse do filme.
Joseph Fiennes vai ser Michael Jackson em telefilme
Em setembro de 2001, depois dos ataques às Torres Gémeas nos Estados Unidos, Michael Jackson, Elizabeth Taylor e Marlon Brando, com o espaço áereo fechado, tentaram regressar a casa de carro. A viagem entre Nova Iorque e Ohio foi contada pela Vanity Fair em 2011 e chega agora ao pequeno ecrã pelas mãos do canal Sky Arts.
Joseph Fiennes foi o escolhido para dar corpo a Michael Jackson no novo telefilme, escolha invulgar que fez correr muita tinta. O ator britânico é conhecido por ter participado em séries como "American Horror Story" e "FlashForward" e por ter interpretado William Shakespeare no filme "A Paixão de Shakespeare".
Vida de Michael Jackson chega à televisão
O livro “Before You Judge Me: The Triumph and Tragedy of Michael Jackson's Last Days”, com lançamento previsto para 2016, que conta as últimas 16 semanas de vida de Michael Jackson, vai ser a base para uma nova série de Tavis Smiley.
O apresentador do talk-show “The Tavis Smiley Show” assinou contrato com a Warner Bros. Television e, segundo o Entertainment Weekly, a série sobre o rei da música pop será o seu primeiro projeto.
A aposta será produzida pela The Smiley Group em parceria com a Warner Bros.
Uma carreira de topo, uma vida atribulada
Desde os anos 1980 que o enigmático Michael Jackson mostrava sinais físicos e comportamentais estranhos, pelo que, além de ser um fenómeno musical, o cantor passa a ser também um fenómeno humano.
Michael Jackson nasceu a 29 de agosto de 1958 numa família negra de origem pobre, em Gary, no estado do Indiana, no norte dos Estados Unidos.
O seu pai era mineiro e a mãe trabalhava numa revista. O casal tinha nove filhos.
Em 1979, o produtor Quincy Jones supervisiona o seu primeiro disco a solo, "Off the Wall", em que participa Stevie Wonder e Paul McCartney, um disco que continuava a ter sucesso mesmo depois de 15 anos.
Michael Jackson bateu o recorde mundial de vendas com o seu álbum "Thriller", em 1982, com mais de 50 milhões de exemplares vendidos, seguindo-se outros dois sucessos musicais: "Bad" (1987) e "Dangerous" (1991).
É nesta altura que o físico do cantor começa também a transformar-se, com a sua pele a ficar cada vez mais clara e o seu nariz cada vez mais fino.
No entanto, Jackson nega qualquer cirurgia, explicando a brancura da sua pele com a sua doença, vitiligo.
Michael Jackson transforma um rancho californiano em residência e parque de atracções a que deu o nome de "Neverland", em homenagem ao seu ídolo, Peter Pan, a criança que não se torna adulta.
Em 1993, esta imagem excêntrica passa para segundo plano quando vem a público uma denúncia de um jovem de 13 anos que afirma ter sido vítima de abuso sexual por Jackson.
O cantor foi considerado inocente e recebeu uma indemnização de cerca de 23,3 milhões de dólares, uma quantia pouco significativa em relação à sua fortuna estimada em cerca de 600 milhões de dólares.
Em 1994, Michael Jackson casa com a filha de Elvis Presley, Lisa Marie Presley, o que foi uma surpresa.
No ano seguinte é editado "HIStory", um disco anunciado como o regresso da estrela da pop mas que se revelou um fracasso.
Jackson e Lisa Presley divorciam-se e, em 1996, o cantor volta a casar com Debbie Rowe, enfermeira australiana com a qual teve dois filhos, Prince Michael Jr e Paris Michael Katherine, divorciando-se novamente em 1999.
Em 2002, nasce o seu terceiro filho, Prince Michael II.
O álbum "Invincible", que sai em Outubro de 2001, revela-se também um sucesso.
Em 2003, num documentário britânico, o cantor afirma que gostava de dormir com rapazes jovens, com "toda a inocência", um escândalo que mancha a sua imagem, mesmo com a sua absolvição em Junho de 2005 pela acusação de abuso sexual de menores.
Entretanto, a fortuna da estrela musical emagrece em 2006, altura em Michael Jackson oferece à Sony a oportunidade de comprar metade do seu catálogo musical para pagar uma dívida de cerca de 170 milhões de dólares.
Depois da desgraça financeira, Jackson tinha conseguido a anulação da venda dos seus objetos pessoais que devia ser organizada pela leiloeira Julien's, na Califórnia.
Em 2009, o mundo parou para se despedir do rei da pop.
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