Traduzido por Hélder Moura Pereira, o livro mantém o título original, com Patti Smith a recuperar histórias pessoais, revisitando o passado, as viagens, as leituras e convocando referências literárias e artísticas, de Frida Khalo a Jean Genet.
A narrativa de "M Train" começa num café em Nova Iorque, onde Patti Smith se senta com regularidade para escrever, acompanhada de uma chávena de café.
Se em "Apenas miúdos", o livro de memórias anterior, Patti Smith relatava a vida em Nova Iorque, no início da idade adulta, ao lado de Robert Mapplethorpe, em "M Train", paira uma ideia de perda e solidão, com referências à relação com o marido, o músico Fred 'Sonic' Smith, que morreu em 1994.
Editado originalmente no outono passado, "M Train" é uma "coleção sublime de histórias verdadeiras sobre a perda irremediável, memória, viagem, crime, café, livros e pensamentos desordenados que nos levam para o âmago de Patti Smith", como escreveu a revista Vanity Fair.
Em 2015, Patti Smith atuou por duas ocasiões em Portugal, para celebrar em palco os trinta anos da edição de "Horses" (1975), o álbum de estreia.
Apelidada de "madrinha do punk", Patti Smith, de 69 anos, é artista visual, poetisa, ativista e compositora, tendo entrado na música na década de 1970, no fervilhante ambiente cultural e artístico de Nova Iorque, onde se cruzou com nomes como Jimi Hendrix, Andy Warhol, Allen Ginsberg e Janis Joplin.
Embora a sua ambição inicial fosse dedicar-se à escrita, como conta no livro de memórias "Apenas miúdos", Patti Smith acabou por se tornar mais conhecida através da música. Ainda antes de completar trinta anos, lançou "Horses", que é considerado um dos álbuns marcantes do início do movimento punk em Nova Iorque.
Além de "Apenas miúdos", premiado livro no qual recorda a relação com o fotógrafo Robert Mapplethorpe, Patti Smith tem editados em Portugal "O mar de coral" (não edições), "Ha! Ha! Houdini" (&etc) e "Witt" (Assírio & Alvim).
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