Em declarações à Lusa, a também compositora explicou que irá continuar a falar de George Michael no presente, apesar da sua morte no domingo, dia de Natal, pois considera que o músico britânico “não vai desaparecer”, ficando para sempre na memória e na história.

“É uma figura particular por toda a sua história e percurso. O mundo pop tem um lado que às vezes dá uma versão mais ‘light’ daquilo que as coisas são. George Michael na sua carreira sofreu um bocadinho deste fenómeno. É muito mais denso, profundo e muito melhor músico, compositor, instrumentista do que aquilo que a carreira mostrou para o público geral”, contou Rita Redshoes.

A cantora lembrou ainda que George Michael teve “uma carreira com uma dimensão gigante”, mas reconheceu que gosta de se debruçar sobre o lado menos visível do músico britânico “muitas vezes catalogado com um músico mais ligeiro do que era na realidade”.

Rita Redshoes recorda ainda que as músicas de George Michael a acompanharam na infância e, se na altura em que via os videoclips do cantor na televisão só conseguisse ver o seu lado pop, mais crescida, quando começou a perceber mais de música se deixou influenciar mais.

Em 2013, Rita Redshoes gravou para os 25 anos da TSF uma versão de George Michael: ‘Father Figure”, de 1988.

“Escolhi aquela canção porque tem uma letra muito profunda, muito mais além de uma canção pop que entrou nos ‘tops’ na altura. Para mim foi um prazer imenso, nunca tinha pensado em fazer um cover do George Michael, foi há uns anos, acabou por ser uma figura que me acompanhou o crescimento e me inspirou”, reconheceu.

O músico britânico George Michael morreu vítima de falha cardíaca, revelou hoje à BBC o seu agente, Michael Lipman.

A BBC online divulgou esta manhã que o músico morreu devido a uma insuficiência cardíaca, de acordo com informação do seu agente Michael Lipman, que anunciara ao final da noite de domingo que o cantar tinha morrido nesse dia “serenamente em casa", em Oxfordshire, no Reino Unido.