O contrato de comodato que será assinado entre as duas entidades prevê ainda a doação, à Fundação de Serralves, de quatro obras dos artistas Nicolas Milhé Meurtriére, Benoît-Marie Moriceau, Vasco Araújo e Francisco Tropa, segundo um comunicado hoje divulgado.

Ainda segundo a Fundação Leal Rios, o acordo "prevê a integração, em regime de depósito, de 287 obras" de mais de 70 artistas, com "nomes relevantes do panorama da arte contemporânea nacional e internacional", parte da coleção daquela entidade, com sede em Lisboa.

O depósito da Coleção Leal Rios "reúne obras de arte contemporânea de mais de 70 artistas plásticos nacionais e estrangeiros que, face à sua dimensão e prestígio, irão conferir ao acervo de Serralves um maior interesse à escala internacional", salienta o comunicado.

A Fundação Leal Rios tem como objetivo a divulgação, manutenção, preservação e promoção das obras e artistas representados na coleção de arte contemporânea, iniciada pelos irmãos Manuel e Miguel Leal Rios em 2002, tendo Miguel Leal Rios assumido o papel de curador e diretor da instituição a partir de 2012, data da sua fundação.

Sobre a apresentação desta doação, a Fundação de Serralves indicou, em comunicado, que a assinatura deste "contrato de comodato de longa duração" irá dar ao Museu de Arte Contemporânea "a oportunidade de diversificar os seus próprios depósitos, de complementar a representação de alguns artistas já presentes na coleção, de apresentar importantes exposições monográficas ou temáticas e de desenvolver novas bolsas de estudo e iniciativas educativas".

"A natureza das obras da Coleção Leal Rios é igualmente singular na sua ambição, atribuindo a esta coleção a visão de artistas que trabalham para além das convenções da pintura e da escultura, e centrando-se em projetos e instalações de larga escala que requerem contextos institucionais", salienta a Fundação de Serralves.

Entre os artistas portugueses representados na coleção encontra-se um importante núcleo de Helena Almeida (1934-2018), pioneira na arte fotográfica e conceptual portuguesa, mas também outros autores, como Lourdes Castro (nascida em 1930), Julião Sarmento (1948-2021) e ainda artistas emergentes, nascidos na década de 1980, como Joana Escoval e André Romão.

A coleção inclui também núcleos de obras de artistas estrangeiros como Erwin Wurm, Matt Mullican, Cristina Iglesias, Muhau Modisakeng, Lawrence Weiner, Jorinde Voigt, Joël Andrianomearisoa, Becky Beasley ou Tristan Perich.

"Este contrato é um importante passo para a Fundação Leal Rios por permitir integrar parte da sua coleção no universo do Museu de Serralves, o museu de referência de arte contemporânea de Portugal, que, pela sua escala e projeção, nacional e internacional, possibilitará alargar substancialmente a esfera de promoção desta coleção e dos artistas nela representados, indo assim ao encontro da missão da Fundação", acrescenta a nota da Fundação Leal Rios sobre o acordo.

A cerimónia decorrerá na segunda-feira, às 18:00, na Biblioteca de Serralves, com a presença de Philippe Vergne, diretor do Museu de Serralves, e Miguel Leal Rios, diretor e curador da Fundação Leal Rios, com uma apresentação do depósito.

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