O programa disponível na página da Internet do Município integra a instalação “Histórias com Resistência”, exposta de 12 a 23 de abril, durante o festival, resultante de uma residência artística orientada pela ilustradora Vanessa Éffe com alunos de artes da Escola Secundária Henriques Nogueira, em que se partiu da reflexão em torno de manifestos e cartazes.
Na mesma data, pode ser visitada a instalação “Reconstituição Portuguesa”, na qual alunos da Escola Secundária Henriques Nogueira aplicaram o 'lápis azul' sobre as palavras da Constituição do Estado Novo de 1933 para, num exercício de liberdade poética, por oposição ao histórico 'lápis azul' da censura, criarem poemas e ilustrações exaltando os valores do 25 de Abril de 1974.
O programa integra outra instalação intitulada “És livre como um pássaro” (12 a 31 de abril), uma coprodução com várias bibliotecas escolares do concelho que dá a conhecer diferentes obras literárias em que o pássaro é usado como metáfora da liberdade a partir da expressão que dá título.
No dia 13, a performance "Biblioteca Futuro” é apresentada na Biblioteca Municipal, sendo resultante de uma oficina de teatro de Manuel Henriques com alunos da Escola Básica Padre Vítor Melícias que pesquisaram vários manifestos escritos em momentos de resistência, abrangendo expressões tão diversas como a literatura, com “A Biblioteca de Babel” de Jorge Luís Borges, ou a música, com a banda russa feminina Pussy Riot e a sua oposição ao autoritarismo de Vladimir Putin.
No dia 20, a Associação Cultural Musicálareira, o poeta e músico Christian Marr’s, o multi-instrumentista Ruben Monteiro e o Coro Leitor da Freiria apresentam o espetáculo "Ghazal: Música & Poesia Judaica e Árabe do Levante", um apelo à paz e à compreensão destas duas culturas através da arte.
No dia seguinte, a Igreja de Santiago acolhe uma mesa redonda sobre “Livrarias, lugares de resistência”, com a participação de três livrarias independentes que vão testemunhar as suas "Histórias de Resistência" face a acontecimentos mais recentes, como a pandemia de covid-19, e os desafios com que se deparam e as estratégias de incentivo à promoção do livro e da leitura.
O programa cultural do festival é composto por cerca de 30 atividades, entre as quais a feira do livro, aulas abertas com escritores e ilustradores, encontros com escritores, oficinas de mediação da leitura, espetáculos de música e poesia, espetáculos de teatro, apresentações de livros, exposições, sessões de contos e ações de formação.
O festival é organizado pela Câmara Municipal de Torres Vedras com o intuito de “fomentar o interesse e entusiasmo pela leitura”, relacionando o livro e a literatura com diferentes expressões artísticas, como a ilustração, as artes plásticas e performativas, a dança, o teatro, a música ou o design gráfico.
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