Na cerimónia, que decorrerá no auditório Cardeal Medeiros, nas instalações da UCP, também será atribuído o doutoramento 'honoris causa' a Helen Alford, "pela sua investigação sobre o impacto da ética e do pensamento social cristão no domínio da gestão, da sustentabilidade e da inteligência artificial".

"A obra de Rui Chafes é marcada pela procura da integração das suas esculturas diretamente na natureza ou em situações arquitetónicas concretas e, sobretudo, pela utilização maioritariamente do ferro, quase sempre pintado de negro baço, sendo esta uma das singularidades primeiras da sua marca autoral", refere o comunicado da UCP.

Nascido em 1966, o artista Prémio Pessoa 2015 foi distinguido em 2021 com o prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) para as artes visuais.

Formado pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, em 1989, estudou com Gerhard Merz, na Künstakademie de Dusseldorf, Alemanha, entre 1990 e 1992.

Além da escultura, Chafes desenvolve igualmente a prática de desenho, e é autor de reflexão teórica publicada em obras como "Entre o Céu e a Terra" (2012), tendo ainda traduzido e editado obras seminais do romantismo alemão.

Rui Chafes representou Portugal, juntamente com José Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis, na 46.ª Bienal de Veneza (1995) e em 2004 na 26.ª Bienal de S. Paulo, com um projeto conjunto com Vera Mantero.

Em 2013 foi um dos artistas internacionais convidados para expor no Pavilhão da República de Cuba na 55.ª Bienal de Veneza.

Também venceu o Prémio Nacional Cidade de Gaia (2007), o Prémio de Escultura Robert-Jacobsen, atribuído pela Stiftung Würth, na Alemanha (2004), e o prémio de Artes Plásticas União Latina (1996).