Esta quinta-feira, dia 2 de fevereiro, a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias ouviu Cristina Ferreira, enquanto autora da petição "contra o ódio e agressão gratuita na Internet", lançada em 2020. A apresentadora da TVI esteve acompanhada por Rui Couceiro, editor do Livro "Pra Cima de Puta".

O Grupo de Trabalho-Audições de Peticionantes e Audiências contou com a presença dos vários grupos parlamentares. Isabel Moreira, do PS, também participou na audição.

Na sua primeira intervenção, a diretora de entretenimento e ficção da TVI começou por lembrar que a petição lançada chegou aos 50 mil subscritores. "Embora eu seja uma figura pública, acho que este debate não se enquadra no registo da figura pública per se, mas sim pelo facto de todos nós, enquanto consumidores de redes sociais, sermos figuras públicas a partir do momento em que abrimos essa mesma rede. E estamos sujeito a que outro (...) nos possa, de alguma forma, injuriar, difamar", sublinhou.

"É preciso esse debate e, acho eu, é preciso regulação da própria internet", acrescentou. "Deveria ser pensada uma entidade reguladora das redes sociais", defendeu a apresentadora da TVI.

"Se olharmos para muitas das caixas de comentários que hoje em dia estão à nossa disposição de forma livre e aberta, este tipo de comentários existe. A minha questão é: se isto acontecesse fora das redes sociais, o que aconteceria? De que forma estas pessoas se poderiam queixar?", questionou Cristina Ferreira.

Na sua intervenção, Isabel Moreira (PS) começou por agradecer a Cristina Ferreira e a Rui Couceiro: "Queria salientar, em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, a importância de trazer à tona o assunto, que é muitas vezes alvo de debate na Assembleia da República".

"Há aqui uma especificidade que nos obriga a novas abordagens de combate e a um estudo, como o que foi encomendado, no sentido de perceber esta realidade tão nova", defendeu a deputada do PS.

Sofia Matos, deputada do PSD, lembrou "que este é um problema que a todos nos diz respeito", frisando que os deputados recebem diariamente mensagens com insultos diariamente. "Estamos aqui para colaborar", acrescentou.

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