“Tudo fizemos para que pudéssemos levar o evento avante em 2021. Para isso, foi elaborado um plano de contingência extremamente robusto, com a colaboração de médicos especialistas e da Cruz Vermelha Portuguesa. Estivemos em constante comunicação com o grupo de trabalho para eventos de massa definido pela DGS, no sentido de viabilizar esta edição. No seguimento deste diálogo fomos adicionando todas as medidas que nos foram solicitadas. Contudo, até à data de hoje, não obtivemos qualquer resposta da DGS - entidade atual responsável pela autorização de eventos em Portugal”, pode ler-se no comunicado.

A organização acrescentou: “Sabendo que muitos de vocês têm de organizar viagens e estadias e que nós temos um festival inteiro para produzir, não nos é possível continuar a aguardar respostas que teimam em não chegar”.

No mesmo documento, são remetidas para breve novidades sobre a edição agora prevista para 2022.

Os bilhetes já comprados são válidos para o próximo ano. Por seu lado, quem optar por pedir o reembolso pode enviar um email para infoline@neopopfestival.com até ao final de agosto.

A 15.ª edição do Neopop esteve inicialmente prevista para agosto de 2020, mas acabou adiada para 2021 devido à pandemia de COVID-19.

O cartaz deste ano era composto por nomes como Ricardo Villalobos, Paula Temple, Nina Kraviz, Honey Dijon, Héctor Oaks, Paco Osuna, Richie Hawtin e The Blessed Madonna, entre outros.

Por causa das restrições para limitar a propagação da COVID-19, pela situação pandémica noutros países, pelos diferenciados ritmos de vacinação e pela falta de clarificação das regras de realização deste tipo de eventos, este ano foram já adiados vários festivais de música, entre os quais o ID No Limits e o EDPCoolJazz (ambos em Cascais), o NOS Alive (Oeiras), o Rock in Rio Lisboa, o Super Bock Super Rock (Sesimbra), o Bons Sons (Tomar), o NOS Primavera Sound (Porto), o Boom Festival (Idanha-a-Nova), o Barroselas Metalfest, o Músicas do Mundo de Sines, o Gouveia Art Rock, o Rolling Loud (Portimão), o Sumol Summer Fest (Ericeira, Mafra), o Amplifest (Porto), o Lisb-ON (Lisboa) e o EDP Vilar de Mouros (Caminha).

Entre abril e maio foram realizados quatro eventos-piloto em Braga, Coimbra e Lisboa, com plateia sentada e em pé, e com a realização prévia de testes de diagnóstico, gratuitos, aos espectadores, em colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa.

O objetivo destes eventos era definir, segundo o Governo, “novas orientações técnicas e a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 para a realização de espetáculos e festivais”, mas ainda não são conhecidos os resultados destas iniciativas.