Portugal é, e sempre foi, um dos locais de eleição de muitos artistas para as suas atuações, e o mesmo fez-se notar com o regresso de Cody Simpson a Lisboa, em menos de um ano, para um novo concerto no Armazém F. Como não poderia deixar de ser, o SAPO On The Hop esteve lá para acompanhar este seu retorno nesta quinta feira, dia 21 de maio.
De regresso a Lisboa após ter passado pelo Porto, o jovem cantor australiano não veio sozinho e, para além de Jackson Harris, Ryan Beatty foi mais uma das estrelas que brilhou no palco lisboeta onde os fãs aguardavam ansiosamente.
Com uma carreira ainda curta e um repertório igualmente reduzido, Ryan foi o primeiro a subir ao palco e a deixar o público rendido à sua voz com "Every Little Thing". Já quanto ao público, seduzido pela prestação do jovem artista, foi por várias vezes notório a falta de conhecimento do trabalho original do cantor, sem que isso tenha diminuído o empenho e histeria em acompanhar o espetáculo, nem que fosse entre palmas e gritos eufóricos.
"É a minha primeira vez aqui. Isto é lindo e este é o meu último concerto desta digressão!", falava ao público antes de nos apresentar a sua cover de "Hold On We're Going Home" de Drake.
No fim, o cantor falou ao público agradecendo a todos pelos belos momentos passados e venerando os europeus. Em conversa com o SAPO On The Hop, ainda garantiu, sem intenção de lisonja, que Lisboa era a sua cidade de eleição. A baixa, uma visita ao Cristo Rei e até o clima quente e desprovido de nuvens apaixonaram o artista da Califórnia. "O público português tem muita garra, muita paixão, e isso faz com que tu te sintas bem em palco e consigas ter a melhor performance da tua vida", garantia o cantor com um sorriso nos lábios.
$$gallery$$Em seguida, Jackson Harris era quem pisava o palco do Armazém F, pela segunda vez em Lisboa, após o público ter bradado aos céus pela sua chegada. E como se não bastasse a reação efusiva à sua chegada, pequenos souvenirs foram ainda lançados do piso superior do recinto como um presente aos fãs que deliravam em busca de um para si.
"Este é um momento especial para mim. É a minha segunda vez em Lisboa, e no mesmo sítio!", exaltava repleto de adrenalina ao observar o público em plena euforia.
E foi já com um cachecol de Portugal em palco que o ambiente aqueceu com a cover de eleição de Jackson: "Use Somebody", dos Kings of Leon. E quando falamos em aquecer, o sentido da palavra estende-se ao ponto de Jackson se ver obrigado a proteger certas partes mais intimas do seu corpo devido a apalpões constantes e intensos, tal era a histeria do momento.
Contudo, todo o concerto tem os seus momentos mais profundos, e Harris atingiu o seu com a faixa Miss Me: " Esta é uma das músicas mais difíceis para mim, isto porque fala da minha ex. Mas agora estou solteiro, e vocês?".
Antes de dar o seu momento como terminado, Harris teve ainda tempo de nos presentear com duas covers de Ed Sheeran, bem como a sua faixa final, "Dance With The Devil". Depois, tal como Ryan o fizera, o cantor desmanchou-se em agradecimentos ao público e à sua equipa, deixando o palco perante os aplausos entusiastas do público.
Em conversa com o SAPO On The Hop, o cantor falou-nos sobre a sua experiência no regresso a Portugal e nos seus passeios pelo país, e especialmente nas diferenças que encontrou entre o Porto e a capital. "As pessoas do Porto recordam-me os italianos, e os de Lisboa vão de encontro à minha imagem dos portugueses!", referia após ressalvar o entusiasmo e a paixão demonstrada pelo público português em geral.
Por fim, a presença mais aguardada da noite chegou, e Cody Simpson apresentou-se em palco com uma mudança de visual chocante. Em menos de um ano, Cody passou da imagem de menino querido para a de um jovem adulto. Com cabelo pelos ombros e corpo definido, a sua figura fazia-o parecer outra pessoa, mas em nada decepcionou os seus fãs. Antes pelo contrário!
E se a imagem era diferente, a sua postura em palco também parecida ter amadurecido, mantendo um semblante muito mais carregado ao longo do espetáculo, fazendo-se notar o mesmo com a chegada da faixa "Sinkin'In" em que o cantor apelou à escuridão e silêncio absoluto no recinto.
E quando já pensávamos que estávamos perante um novo Cody, de corpo e alma, eis que nos apercebemos que a alma não mudou assim tanto. Foi com "La Da Dee", faixa que serviu de banda sonora para o filme "Chovem Almôndegas 2", que o cantor revelou o seu lado mais extrovertido e libertino, o mesmo a que já estávamos habituados, tendo sido surpreendido pouco depois pelo seu amigo e companheiro, Jackson Harris. Num momento inesperado, Harris subiu ao palco para fazer uma pequena dádiva a Cody, em homenagem à paixão de Simpson pela mãe natureza. E do que estamos nós a falar? Harris atribuiu um certificado do Havai em como cinco árvores da ilha ficam a encargo de Cody, sendo este o seu protetor oficial.
"Ó mer**, ó mer**!", começava por gaguejar sem acreditar no que tinha em mãos: "Preocupo-me mesmo com o ambiente e acho que cada árvore é uma dádiva", concluía deveras emocionado.
Em seguida, após toda a emoção ter sido descarregada, eis que a animação voltava com as faixas "Flower", "It Don't Matter", "Love", ou mesmo a sua versão do ABC americano em modo "Hei, bee, see". Por fim, e como já é seu hábito, todos os seus amigos e família subiram ao palco para as faixas de despedida onde a euforia de festejar uma grande noite ultrapassa a vontade de cantar devidamente ao microfone, ou tocar agarrado à guitarra.
Para nós, a noite não podia ter corrido melhor. Fez-se check à pontualidade, check ao talento, check à simpatia e um bónus pela loucura que nos arrastou ao palco. Uma noite cheia de emoções onde os fãs não tiveram como ficar desapontados. O um já era, o dois já foi, esperamos pelo número três e logo te contamos como foi.
Fotografia: Ana Castro
Comentários