O cantor irlandês Bono publicou esta terça-feira o seu livro de memórias Surrender - 40 Canções, Uma História" ("Surrender", no original), no qual detalha a sua jornada desde a juventude em Dublin até se tornar o líder dos U2, um dos grupos de rock mais famosos do mundo.
Editado em Portugal pela Objetiva, o livro introspetivo está organizado em 40 canções diferentes dos U2, incluindo 40 ilustrações originais.
O artista de 62 anos, cujo nome real é Paul David Hewson, é um ativista humanitário de longa data que emprestou a sua voz a uma variedade de causas, incluindo a luta contra a pobreza e a SIDA.
No seu livro de mais de 500 páginas, Bono mergulha nesses temas, mas também aborda o seu crescimento como um adolescente tocado pela tragédia, após a sua mãe morrer de forma repentina quando ele tinha 14 anos, e relembra a sua cirurgia ao coração em 2016.
Também se concentra na composição de músicas e "na parte pseudo-religiosa de ser uma estrela do rock, em como transformamos o desordenado em messiânico".
"A música dos U2 nunca foi realmente rock 'n roll", diz Bono no livro.
"Sob a sua pele contemporânea, é uma ópera: uma música excelente, de grandes emoções libertadas na música pop do momento", afirma.
Bono promove as suas memórias com uma digressão de 14 datas chamada "Stories of Surrender", que começa em Nova Iorque esta semana e inclui paragens em Chicago, Londres, Berlim, Paris, Madrid e, claro, Dublin.
"Quando comecei a escrever este livro, esperava descrever em detalhe o que antes só havia esboçado em músicas", diz Bono na nota em que anunciou a publicação do livro no início do ano.
"'Surrender' é uma palavra carregada de significado para mim. Crescer na Irlanda nos anos 1970 com os punhos para o ar (musicalmente falando), não era um conceito natural", lembrou.
Para o cantor, "'Surrender' é a história da falta de progresso de um peregrino [...] Com muita diversão ao longo do caminho".
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