"Este ano decidimos baixar substancialmente a fasquia em relação ao público. Isto porque um dos pontos que queremos melhorar diz respeito ao conforto das pessoas. Para que isso seja possível, temos que ter menos público", disse o membro da organização Alfredo Vasconcelos.
A organização decidiu limitar o número de visitantes e vendeu os 33.333 bilhetes em apenas 34 dias, o que, na opinião de Alfredo Vasconcelos, demonstra o interesse muito grande sobre o que se faz em Idanha-a-Nova e a abordagem que o evento tem a nível do entretenimento.
"Cerca de 80% dos bilhetes foram vendidos na nossa plataforma ‘online’. Se estes bilhetes fossem vendidos em outras plataformas, que não a nossa, pagaríamos cerca de 400 mil euros em comissões", sublinhou.
Alfredo Vasconcelos, que participou numa reunião que juntou as várias entidades civis e militares envolvidas na logística deste festival bienal, realçou o impacto económico que o evento tem, quer a nível local, quer nacional.
"O festival movimenta cerca de 12 a 13 milhões de euros a cada edição e tem um impacto direto entre 30 a 35 milhões de euros na economia nacional", sublinhou.
A 11.ª edição do Boom Festival contará com a presença de pessoas de 162 países. Noventa por cento do público é estrangeiro e, deste, o francês é o que tem maior expressão.
Este ano, o país convidado é o Japão, de onde vêm cerca de 500 pessoas.
Alfredo Vasconcelos explicou que pela primeira vez em 11 edições os voluntários ultrapassam o número de trabalhadores para o Boom Festival.
"Temos 1.200 voluntários inscritos oriundos de 53 países e 1.100 candidatos para trabalhar", disse.
Este responsável adiantou ainda que a organização decidiu acabar com a subcontratação de trabalhadores: "Vamos fazer contratação direta conjuntamente com a câmara de Idanha-a-Nova e as juntas de freguesia do concelho".
O Boom Festival 2016 vai ter algumas novidades, com novas áreas dedicadas à dança clássica, aos pequenos inventores e ao público que se desloca de bicicleta.
A organização conta com cerca de 190 autocarros que vão fazer o transporte de pessoas entre os aeroportos de Lisboa e de Madrid e Idanha-a-Nova e haverá também autocarros a fazer a ligação a partir de França (Paris), Suíça (Genebra) e Holanda (Amesterdão).
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