Na passada quarta-feira, 21 de janeiro, decorreu no Lux e na Loja da Atalaia a terceira edição lisboeta do Boiler Room da Red Bull Music Academy, que contou com a presença de vários projetos e DJs nacionais.
Sequin, Jibóia, Gala Drop, Mr. Herbert Quain e Buraka Som Sistema foram alguns dos nomes presentes na iniciativa. A estes últimos coube a curadoria de um dos três palcos apresentados, onde, rasgando um pouco com a tradição eletrónica em que este evento se baseia, pudemos encontrar a fadista Mariza, que obteve por parte do público uma recepção calorosa, acompanhando-a nas suas canções.
Neste que é um dos eventos mais concorridos do circuito musical em Portugal, já que as entradas se fazem apenas por convite, testemunhámos concertos incríveis por parte de Gala Drop e Jibóia, dois dos maiores representantes da cena alternativa portuguesa, que contagiaram a pista de dança com a sua música ritmada e animaram aqueles que seguiam a emissão online, ainda que alguns dos que davam tudo na pista parecessem querer estar em casa a ouvir outras sonoridades.
Infelizmente, os espaços escolhidos para a realização deste evento talvez não tenham sido os mais adequados. Não que o Lux seja inapropriado, mas, a certa altura, nomeadamente após a atuação dos Buraka Som Sistema, notou-se claramente que qualquer espécie de mística que o Boiler Room pudesse ter desapareceu por completo, ficando nós com a sensação de que aquilo a que se estava a assistir não era mais do que uma noite típica na discoteca de Santa Apolónia, com a única diferença de ter mais caras conhecidas por metro quadrado. Valeram os sets finais de Marie Dior e DJ Ride, já que tudo é melhor quando é feito nas Caldas da Rainha.
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