Nicolas Poussin (1594-1665), “considerado o maior pintor francês”, embora tenha passado quase quarenta anos em Roma, onde se instalou com 30 anos, aparece aqui representado como testemunho de uma amizade, mas também como “imagem emblemática do génio austero e exigente”, de acordo com a programação do MNAA, disponível na sua página.

Na altura em que Nicolas Poussin se mudou para Roma, em 1624, a cidade papal tinha um meio artístico muito competitivo, onde os melhores pintores de toda a Europa vinham fazer a sua formação.

Em 1640, foi chamado por Luís XIII e pelo cardeal de Richelieu para ocupar o lugar de primeiro pintor do rei, em Paris, onde permaneceu durante dois anos.

“Em 1642, desgostado com o ambiente de intrigas da corte e preferindo a produção de quadros de pequeno formato, de subtil poesia e grande profundidade filosófica, voltou para Roma e lá ficou até à sua morte, em 1665”, recorda o MNAA.

Em 1647, um dos seus amigos mais próximos, Paul Fréart de Chantelou, pediu-lhe um autorretrato como testemunho de uma amizade fiel, o que Poussin não aceitou de imediato, porque não gostava de pintar retratos, mas acabou por aceder.

Nesta obra, Nicolas Poussin “representa-se de uma forma austera, de expressão severa, com a mão pousada sobre um maço de papel, em alusão às cartas trocadas com Chantelou”, descreve o MNAA.

“No anelar da mão esquerda exibe um anel com um diamante de forma piramidal, um símbolo estoico de força e constância”, acrescenta a informação, explicando que, desta forma, o artista sublinhou “a sua firmeza de alma e a fidelidade a Chantelou, mas, sobretudo, representa-se enquanto pintor”.

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