A banda tem agendado para 19 de julho um concerto em Telavive, no encerramento de uma digressão que inclui os festivais de Coachella e Glastonbury.
Os Radiohead têm aderido a diversas causas, como a os dos direitos dos tibetanos ou a luta contra as mudanças climáticas em prol da Amnistia Internacional.
"Uma vez que os Radiohead fazem campanha pela liberdade dos tibetanos, perguntamos porque rejeitariam um pedido para defender outras pessoas sob ocupação estrangeira", diz a carta com o pedido endereçado à banda.
"Pedindo-lhes que não atuem em Israel, os palestinianos apelam a um pequeno passo para ajudar a pressionar Israel para acabar com a sua violação dos direitos básicos e do direito internacional", prossegue a missiva.
"Fazer frente à política de divisão, discriminação e ódio implica estar contra ela em todas as partes e isso tem de incluir o que acontece com os palestinianos todos os dias", disse.
Roger Waters, ex-vocalista dos Pink Floyd, já manifestou abertamente a sua postura perante Israel.
Outros signatários foram os escritores Alice Walker e Hari Kunzru, assim como Thurston Moore, membro dos Sonic Youth, e Nick Seymour, dos Crowded House.
O bispo vencedor do prémio Nobel da Paz, o ativista antiapartheid Desmond Tutu, também assinou a carta.
A convocação ao boicote cultural contra Israel teve um sucesso relativo. Stevie Wonder, Carlos Santana e Lauryn Hill cancelaram atuações em Israel, mas muitos músicos e grupos, como Paul McCartney, Rolling Stones, Elton John e Bon Jovi, atuaram ali nos últimos anos.
Os defensores de Israel denunciam a campanha de boicote como hipócrita, dizendo que o país é uma democracia, enquanto que alguns músicos conhecidos estão dispostos a tocar em países com ditadura.
Os Radiohead não atuam em Israel desde o ano 2000.
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