Amber Heard decidiu divorciar-se de Johnny Depp em maio de 2016 porque a violência se tornou algo "normal" nele e a fazia temer pela sua vida, contou na segunda-feira, durante a audiência do processo de difamação iniciado pela seu ex-marido, retomado após uma semana de pausa.

A atriz, 36 anos, evocou vários episódios violentos perante o tribunal de Fairfax, na Virgínia, incluindo uma crise de ciúmes durante uma estadia na França. Segundo Amber, Depp não suportou uma cena de sexo num dos seus filmes e não acreditou quando ela lhe disse que havia sido usado um duplo na cena.

Após uma última discussão violenta em maio de 2016, durante a qual o ator alegadamente atirou um telefone contra ela, Amber tomou a decisão de pedir o divórcio, após um ano de casamento, informou.

"O monstro era essa coisa que agora era normal, e não a exceção. A violência agora era normal", contou a atriz, ao mencionar as duas caras do marido, que se tornava agressivo sob o efeito do álcool e das drogas. Os seus advogados mostraram fotos em que ela parecia ter a parte direita do rosto dormente pelo golpe do telefone.

Amber Heard a 16 de maio

A 27 de maio de 2016, Amber processou o marido por violência doméstica e pediu uma ordem de restrição contra ele para "mudar as fechaduras" do seu apartamento e "poder dormir bem".

"Perdia cabelo, emagrecia, estava muito doente, tinha herpes, não conseguia dormir, acordava à noite com crise de pânico", relatou.

O julgamento das duas celebridades é transmitido em direto pela TV diariamente e fãs dos dois atores concentram-se diante do tribunal da pequena cidade, próxima de Washington.

Os debates devem continuar até 27 de maio. Em seguida, sete jurados irão retirar-se para deliberar.