"Ripley", minissérie protagonizada por Andrew Scott, estreou-se na passada quinta-feira, dia 4 de abril, na Netflix. Nos episódios, o ator irlandês veste a pele de Tom Ripley, um vigarista nova-iorquino.

Em entrevista ao site Collider, o showrunner e criador Steven Zaillian confessou que não coloca de lado a ideia de avançar com uma segunda temporada da série.

"Existem outros livros e são muito bons. Faria isto de novo se pudesse, mas com isto quero dizer, tenho mais cinco anos para o fazer? Teria que pensar sobre este aspeto. Mas em termos de continuidade da personagem, sim, acho que há muito mais. Tom Ripley passa por muitas mudanças ao longo dos cinco livros, e todas são interessantes", frisou.

A nova série a preto e branco da Netflix reimagina o misterioso personagem criado por Patricia Highsmith num cenário ‘noir’ da Itália dos anos cinquenta.

"Tom Ripley, um vigarista a fazer pela vida na Nova Iorque do início dos anos 60, é contratado por um homem abastado para viajar até Itália e persuadir o seu filho diletante a regressar a casa. Ao aceitar o trabalho, Tom inicia uma nova vida complexa vida engano, fraude... e homicídio", resume a Netflix.

Além de Andrew Scott, o elenco da minissérie conta com Dakota Fanning, no papel de Marge Sherwood, e Johnny Flynn, que interpreta Dickie Greenleaf.

"Não me parece que Tom seja um assassino nato", afirmou o Andrew Scott, numa conferência de lançamento da série em que a Lusa participou. “Não vejo o Tom como um vilão”, frisou. “Ele é tão complexo e é demasiado simplista chamar-lhe vilão. Certamente é um anti-herói”.

"É um artista que tem de sobreviver de forma fraudulenta e não tem acesso a nenhuma das coisas bonitas que outros personagens na história têm, como música e beleza”, opinou. "Há uma mensagem dentro da história de que toda a gente merece beleza e arte. Não é só para uma certa secção da comunidade", acrescentou.

Os oito episódios da série foram realizados e escritos por Steven Zaillian ("The Night Of").