«Zonoscope» é o terceiro álbum da banda australiana e foi gravado em 2010 pouco antes de terem actuado no Festival Super Bock Super Rock.

Na altura, o quarteto de pop eletrónica alugou um armazém em Melbourne e gravou as canções que Dan Whitford, o principal compositor do grupo, tinha alinhavado em casa.

«Passámos muito tempo nesse armazém a trabalhar nas canções, a improvisar, a apresentar novas ideias», explicou à Lusa o baixista Ben Browning a partir de Melbourne.

O resultado está num conjunto de canções em que há um reforço do ritmo eletrónico, há mais camadas de sintetizadores, mas ao mesmo tempo o grupo quis incluir percussões mais orgânicas e tribais, descreveu o músico.

Não é por acaso, por isso, que a capa do álbum apresenta uma montagem fotográfica de uma cascata a romper entre arranha-céus em Nova Iorque, junto ao Empire State Building, simbolizando essa dualidade entre orgânico e industrial.

«Isto não é um disco conceptual, mas queríamos que as pessoas ficassem com uma ideia de um ambiente diferente (...) como uma viagem por um rio numa floresta», explicou o baixista, reconhecendo que o disco musicalmente se pode situar entre LCD Soundsystem e Fleetwood Mac.

«Sim, há uma grande combinação de influências e queremos que funcionem bem no disco», referiu.

Os Cut Copy surgiram em 2001, em Melbourne, pela mão do músico e DJ Dan Whitford como um projeto de música pop eletrónica, influenciada também pelos anos 1980.

Antes de «Zonoscope», editaram os álbuns «Bright Like Neon Love» (2004) e «In Ghost Colours» (2008), que recuperaram para o concerto que deram no verão passado em Portugal e onde apresentaram, em estreia, o single do novo álbum, «Take me Over».

«Lembro-me que o concerto em Portugal foi um dos primeiros logo depois de termos gravado o álbum e depois passámos cinco dias de férias em Lisboa», recordou Ben Browning.

Agora regressam em Março para tocar no dia 21 no Hard Club, no Porto, e no dia 23 no Coliseu de Lisboa.

SAPO/Lusa