![Sacudido o pó, o que fica do SBSR?](/assets/img/blank.png)
E o melhor foram mesmo os concertos. Se isso é suficiente para salvar ou não um festival, vamos ver nos próximos anos. Luís Montez, organizador do Super Bock Super Rock (SBSR), já disse que o festival vai ficar no Meco nos próximos dez anos, e acredita que por um cartaz forte os festivaleiros fazem qualquer sacrifício.
E a verdade é que os bilhetes da edição deste ano esgotaram (ainda que na bilheteira do festival houvesse bilhete para todos os dias), e isso deve-se em grande parte a nomes como Arctic Monkeys, Portishead, Arcade Fire e The Strokes (ainda que em serviços mínimos). Os “nuestros hermanos” também deram uma ajudinha a encher o recinto, já que para ouvir as mesmas bandas no festival Benicàssim tinham de pagar o dobro do dinheiro. E assim ainda fizeram umas férias em Portugal, país que não vêem de todo como o “lixo” a que as agências de rating nos reduziram.
E assim os festivaleiros (uns mais fãs do espírito de festival, outros mais fãs da música em si) lá suportaram as super-filas do Super Bock Super Rock. Rumaram de palco em palco, de programa na mão, e o balanço é o de poucas desilusões. No palco secundário, Lykke Li, Junip, Paus, B Fachada, Chromeo foram apostas mais que ganhas. No palco principal, para além das vedetas cabeças de cartaz, soube bem a lufada de ar fresco num festival da música deRodrigo Leão e Noiserv.
Por todos os recantos do festival andaram os On the Hop, repórteres "guerrilha" do SAPO, que viram e viveram o festival. Prometem continuar por aí, a saltar de festival em festival, para mostrar tudo o que se passa por lá: das modasanovos talentos escondidos.
E agora, enquanto limpamos o pó dos ténis, o pó dos casacos, o pó das calças, o pó dos óculos, pensamos cá para nós: “se para o ano o cartaz não for muito, muito bom, às tantas não vou”. O problema é que depois nos trocam as voltas e o cartaz vale mesmo a pena. Raios.
@Vera Moutinho
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