O concerto de Roger Waters marcado para 17 de março de 2023 na Altice Arena, em Lisboa, no âmbito da digressão "This Is Not a Drill", já se encontra esgotado. Em comunicado, a promotora Ritmos & Blues anunciou esta sexta-feira uma data extra, no dia 18 de março do próximo ano.

Segundo a promotora, os bilhetes já se encontram à venda e os preços a variam entre os 45 euros e os 90 euros.

"This Is Not a Drill" é apresentada como "a primeira digressão de despedida" de Roger Waters, e deveria ter acontecido em 2020, mas foi adiada devido à pandemia. O britânico só arrancou com o novo espetáculo em julho passado, com uma extensa viagem pela América do Norte, que terminará em outubro no México.

Em nota de imprensa, o artista explica que a digressão "This Is Not A Drill" é "uma inovadora e cinematográfica extravagância de rock and roll", com "dezenas de grandes canções da era dourada dos Pink Floyd e também algumas novas canções".

Roger Waters acrescenta: a digressão é "uma incrível indireta à distopia corporativa na qual todos lutamos para sobreviver, e um apelo ao amor, proteção e partilha do nosso precioso e tão precário planeta Terra".

O artistaescolheu Lisboa para iniciar a digressão europeia, tal como aconteceu em 2011, quando apresentou, em duas noites na Altice Arena, num elaborado espetáculo visual, o álbum "The Wall", que os Pink Floyd editaram em 1979.

Cancelados dois concertos de Roger Waters na Polónia devido a posicionamento pró-russo

Dois concertos do músico britânico que estavam agendados para o próximo ano na cidade polaca de Cracóvia foram este mês cancelados pela organização, devido ao posicionamento do artista em relação à guerra na Ucrânia, noticia a agência Efe.

O músico de 79 anos iria atuar em Cracóvia em abril do próximo ano, na sala de espetáculos “Tauron Arena”, mas, segundo assinalam alguns meios de comunicação da Polónia, as autoridades polacas pretendem declarar Roger Waters como ‘persona non grata’.

Entretanto, o cofundador dos Pink Floyd já escreveu nas suas redes sociais que não foi ele a cancelar os dois concertos.

Em causa está o posicionamento de Roger Waters relativamente à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, uma vez que atribui a responsabilidade pelo início do conflito bélico aos “nacionalistas extremistas” ucranianos.

O músico britânico critica ainda a NATO e o ocidente por fornecerem armas à Ucrânia.

Entretanto, deputados do partido ultraconservador polaco Lei e Justiça (PiS) pedem numa proposta de resolução, que será votada na quarta-feira, que se declare ‘persona non grata’ a todos aqueles que apoiarem publicamente o Kremlin.

Os promotores desta proposta expressam a sua indignação com o posicionamento de Waters, tendo em conta “o ataque criminoso russo à Ucrânia e os crimes de guerra cometidos por soldados russos”.

Numa publicação feita no Facebook, Roger Waters escreveu que a iniciativa dos deputados polacos se deve aos seus esforços para que “todos os envolvidos na guerra desastrosa da Ucrânia, especialmente os Estados Unidos e a Rússia, procurem uma paz negociada”.

O músico classificou ainda o cancelamento dos dois concertos como “censura draconiana”, referindo que estava “ansioso por poder partilhar a sua mensagem de amor com o público polaco”.