A Queima de Coimbra arranca de quinta para sexta-feira, ao bater da meia-noite, com a serenata na Sé Velha, que dá inicio àquela que é considerada a maior festa académica do país.

Nas atividades tradicionais destaca-se ainda o jantar e baile de gala, no sábado, que este ano se muda para o Convento de Santa Clara-a-Nova, edifício do século XVII erguido na margem esquerda do Mondego, com vista sobre a cidade e o rio.

No domingo é dia de o cortejo académico desfilar pelas ruas da cidade, da alta universitária até à baixa.

Já o cartaz de espetáculos das Noites do Parque aposta, segundo a organização, na diversidade de géneros musicais, pretendendo chegar a mais público.

Na primeira noite, sexta-feira, o palco instalado na Praça da Canção, na margem esquerda do Mondego, recebe os Expensive Soul e DJ Ride, num registo mais pop, enquanto no sábado o destaque vai para o rock dos Xutos e Pontapés e para os Linda Martini.

O dia 8 de maio, quarta-feira, recebe um dos momentos altos da programação, com aquela que é, até à data e este ano, a única apresentação em Portugal do DJ holandês Hardwell, num alinhamento em que também cabe o seu compatriota Dannic e o português Kura.

Capitão Fausto, Amor Electro e um DJ set de Maxim, vocalista da banda britânica Prodigy, estão reservados para a penúltima noite, a 9 de maio, e o encerramento, dia 10, está a cargo, entre outros, da Kumpania Algazarra e dos norte-americanos Gogol Bordello (na foto), com o seu punk festivo inspirado em música cigana. "Os Gogol Bordello entram muito bem no espírito da Queima das Fitas. Estão perfeitamente à vontade na festa académica", disse Manuel Chau, comissário da Produção.

A organização da Queima das Fitas de Coimbra pretende ainda financiar um evento solidário acabando com as entradas totalmente gratuitas nas Noites do Parque e Baile de Gala, cujos convites habitualmente enviados a entidades parceiras vão incluir uma contribuição simbólica.

A medida insere-se na iniciativa Queima Solidária, que este ano apoia o projeto "Fundo Solidário", promovido pelo Instituto Justiça e Paz (IJP), e que se destina a ajudar estudantes com dificuldades financeiras ao nível da alimentação, alojamento e pagamento de propinas.

"Todos vão contribuir com algum valor, ninguém vai entrar sem pagar. Mais uma vez, a Queima das Fitas de Coimbra mostra que não é indiferente à situação do país", frisou Margarida Veiga, responsável das Relações Institucionais da festa estudantil.

@Lusa