Um ano depois de marcar presença no Festival para Gente Sentada, onde apresentou temas do álbum “The crying room” e fez uma antecipação do disco “St. Mary and Milk”, o artista anunciou à Lusa: “Vou interpretar uma mistura de material antigo e novo, canções que nunca toquei antes ou versões diferentes de temas antigos”.

Reconhecendo que o álbum “St Mary and Milk” “está pronto desde o Verão passado”, mas ainda não saiu para o mercado, Perry Blake diz-se “em negociações com editoras para o licenciar”.

O músico irlandês adianta que “o disco inclui um dueto com Françoise Hardy” e, embora atribuindo ao álbum “um toque ligeiro de country americano”, garante: “Continua com ressonâncias do meu trabalho mais antigo”.

Perry Blake actua sexta à noite nos Paços da Cultura de S. João da Madeira, sábado na Casa das Artes de Famalicão e domingo no Cinema S. Jorge, em Lisboa.

Em palco, far-se-á acompanhar novamente de Phil Ware, nas teclas, mas desta vez também traz consigo Glenn Garrett, no baixo e na guitarra acústica.

Apontado pela revista francesa Les Inrockuptibles como “uma estrela”, Perry Blake foi descrito pela britânica Stuff Magazine como “um cruzamento entre Scott Walker e Bowie, com um fundo de cordas por Nyman – só que melhor!”.

Tem cinco álbuns de estúdio editados, entre os quais se destaca o seu trabalho de estreia – que se intitula “Perry Blake” e lhe mereceu o aplauso geral da crítica britânica em 1998 – e o disco “Califórnia” – que foi lançado em 2002 numa co-produção com o compositor italiano Marco Sabiu e que contou com a participação especial de Dickon Hinchliffe, dos Tindersticks.

Ao vivo, Perry Blake gravou em 2001 “Broken Statues”, no Cirque Royal de Bruxelas. Nos anos seguintes, foi premiado pelas suas composições para a banda-sonora do filme “Presque rien”, de Sébastien Lifshitz, e reforçou o apreço que vem merecendo por parte da comunidade francesa ao participar também na fita “Trois petites filles”, de Jean-Loup Hubert.

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