Um jovem compositor que se encontra a estudar na escola de renome Julliard School em Nova Iorque é considerado por alguns o maior talento musical a aparecer em 200 anos. Com apenas 12 anos já escreveu cinco sinfonias completas.
O seu nome é Jay Greenberg - apesar de preferir ser chamado pela sua alcunha "Bluejay"?. Greenberg afirma que a música lhe enche a cabeça e que tem necessidade de a escrever de modo a libertá-la.
Este jovem compositor escreveu a peça "The Storm"? em poucas horas que mais tarde viria a ser
executada pela New Haven Symphony do Connecticut.
"Estamos a falar de um prodígio ao nível dos maiores compositores da história"? afirmou Sam Zyman, um compositor. "Eu refiro-me a nomes como Mozart, Mendelssohn e Saint-Sans."?
Sam Zyman dá aulas de teoria musical a Jay na escola Juilliard em Nova Iorque onde lecciona a mais de 18 anos.
"Isto é um facto absoluto. Isto é objectivo, não é uma opinião subjectiva"?, declarou Zyman. "O Jay poderia terminar uma sonata de piano em cerca de 25 minutos. E seria uma grande obra."?
Como é que isto é possível? Jay explicou que não percebe de onde vem a música, mas que esta vem escrita na sua totalidade, tocando como uma orquestra dentro da sua cabeça.
"É como se uma mente inconsciente estivesse a dar ordens a velocidade da luz"? afirmou Jay. "Eu ouço-a apenas como se fosse um trabalho já completado, quando na verdade não o está"¦"? continuou ainda.
Hoje em dia todos os miúdos fazem downloads de música, mas o Jay, através de um programa, está a efectuar o download a partir da sua própria cabeça. Este programa grava as notas para posteriormente as reproduzir, isto quando o computador está a correr, já que por vezes Jay, compõe tão rápido que o próprio computador encrava.
"É como se estivesse a olhar para uma pauta e estivesse a retirar os dados directamente da imagem"? afirma Zyman.
Os pais de Jay estão tão surpreendidos, assim como o resto mundo, já que nenhum deles é músico profissional. O seu pai, Robert, é um linguista e docente em eslavo que aos 36 anos perdeu a visão pois sofria de retinitis pigmentosa, enquanto que a sua mãe, Orna, é uma pintora israelita. "Penso que por volta dos 2 anos, quando ele começou a escrever e a desenhar instrumentos, percebemos que ele estava fascinado com a música"? disse Orna. "Ele consegui, além de desenhar um violoncelo, pedir um como prenda e ainda escrever a palavra. No entanto fiquei muito surpreendida, pois nenhum de nós tem uma relação com esse instrumento e não estava a espera que ele soubesse o que era."?
Contudo Jay sabia que queria um violoncelo, por isso a sua mãe levou-o a uma loja de instrumentos e comprou-lhe uma miniatura. "Ele sentou-se lá e começou a tocar de imediato."? relembra-se Orna "..e eu chocada perguntei-lhe "˜como é que sabes tocar isso?'."?
Aos 3, Jay continuava a desenhar violoncelos, mas tinha-os transformado em notas numa pauta. Ele estava a começar a compor, e os seus pais testemunhavam as suas notas a saírem cada vez mais rápido. A dada altura já escrevia em qualquer altura e em qualquer lugar. Na escola primária, os seus professores não tinham a mínima ideia de como tratar de um miúdo, cujo herói não fosse o Batman, mas sim o Beethoven.
"Ele ouve música na sua cabeça todo o tempo e naturalmente começa a compor, muito provavelmente sem se quer se aperceber disso."? afirma Robert. "No entanto, os professores ficavam furiosos e convocavam reuniões, pois não sabia como resolver esta situação."? Jay possui uma sensibilidade auditiva muito superior à média, e por isso os sons da cidade precisam ser desligados manualmente, mas no entanto Jay não consegue desligar os sons dentro da sua cabeça, aliás, afirmou ainda que por muitas vezes ouve mais do que uma composição ao mesmo tempo. Esta capacidade da Jay foi apelidada de multi-canais, "pois o meu cérebro consegue controlar 2 ou 3 diferentes musicas ao mesmo tempo, além do canal que utilizo no dia a dia."?
"Ele disse-me que morreria se não pudesse compor. Isto é tudo o que quero fazer."? disse Orna. "E quando uma criança com essa idade diz qual é a sua visão e para onde quer ir, não temos outra escolha."?
Aos 10 Jay frequentava Juilliard, um dos melhores conservatórios de música a nível mundial em regime completo. Quando atingiu os 11 anos, ele estudava teoria musical com alunos do 3º ano. Jay também está a completar o secundário noutra escola, o qual segundo os seus pais irá completar aos 14 anos.
Elizabeth Wolf é uma pianista que trabalha com Jay na sua técnica de piano - escreve coisas que não consegue sequer tocar, e por isso quer aperfeiçoar as suas técnicas de piano, apesar de não precisar de o saber tocar qualquer instrumento para compor.
O que acontece quando ouve um tom pela primeira vez?
" No início, escuto-o com muita atenção, de seguida começo a pensar nele, enquanto penso começo a andar, pois é o que eu mais gosto de fazer quando me sinto inspirado."? afirmou Jay. "Pois eu ando ao ritmo da música."?
Jay não é um jovem de 12 anos como todos os outros, e ele sabe disso. Jogar basebol não é tão natural como tocar piano. Apesar de ser um génio, ainda é uma criança.
O que acontece quando ele começa a ficar aborrecido?
"Fica agitado e começa a improvisar. Na semana passada, pegou na sonata de Beethoven, em que estávamos a trabalhar e decidiu que esta seria mais interessante completamente ao contrário."? Afirmou Wolff, "Então, pegou na sonata e fez exactamente isso, trocou os graves por baixos e os baixos por graves e executou a sonata ao contrário. Ele pode fazer isso neste preciso momento e eu não consigo sequer acompanhá-lo."?
Como classificar Jay com outros prodígios da sua idade?
"Ser um prodígio na composição é claramente mais raro"? disse Zyman. "É necessário dominar diversos aspectos. Como apontar determinado ritmo? Qual é escalda do oboé? Pode este som ser tocado no piano? Como se compõe para uma harpa? Existem centenas de milhares de pequenos bocados de informação que é necessário dominar para que possa compor uma peça."?
Os compositores com mais talento, podem escrever 5 ou 6 sinfonias durante toda a sua vida. Jay já escreveu 5 com apenas 12 anos.
Quando música preenche a cabeça deste jovem compositor, ele transmite-a para o papel com muita confiança. Alguma vez teve de corrigir uma das suas composições? "Nunca necessitei de fazer isso, por norma elas saem sempre direito da primeira vez."?
Sam Adler foi também um prodígio na sua infância. Hoje é um compositor realizado e professor do Jay no conservatório de Juilliard. Ele concorda que o dom deste jovem pode ainda aumentar, mas apenas se Jay se questionar constantemente acerca do seu dom.
"Vamos pegar num grande génio da música, alguém como Beethoven. Se olhar para uma pauta feita por ele, verá que é horrorosa. Ele não possuía um apagador e por isso tinha de riscar o que estava errado."? afirma Adler. "Parecendo que ele nunca estava satisfeito. Isso é algo que surge com maturidade e eu penso que irá acontecer ao Jay."?
Mas será justo, afirmar que o potencial está lá? "Absolutamente"? diz Adler. "Sem sombra de dúvida"? .
Entrevista original: aqui
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